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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.25  supl.2 Porto dez. 2016

 

RESUMO DOS POSTERS

 

PO16_10

Os probióticos no tratamento da esteatose hepática em população pediátrica – qual a evidência?

 

 

Ana Teresa Abreu1; Miguel Costa2; Lúcia Gomes2

1 Interna Formação Específica em Medicina Geral e Familiar, USF Cuidar
2 Assistente Graduado de Pediatria Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga

 

 

Introdução: Na última década têm emergido estudos sobre a flora intestinal (FI) e o seu impacto no equilíbrio metabólico. A sua composição é dotada de variabilidade interindividual e a investigação sugere um perfil catabólico associado ao tipo de FI da população obesa por comparação à população normoponderal. A obesidade infantil é uma epidemia em fase de ascensão, acompanhada por múltiplas comorbilidades, sendo Esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) uma das mais prevalentes. Os probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em determinadas quantidades, conferem benefícios para a saúde do hospedeiro. Este trabalho pretende correlacionar a suplementação dietética com probióticos e o seu impacto no tratamento da EHNA na população pediátrica.

Metodologia: Pesquisa de normas de orientação clínica (NOC), metanálises, revisões sistemáticas e estudos clínicos aleatorizados e controlados (EAC) nas principais bases de medicina baseada na evidência, assim como na PubMed, publicados entre 1/09/2006 e 15/10/2016. Foram usados os termos MeSH: “fatty liver”, “adolescent”, “child”, “probiotics”. Foram incluídos artigos publicados nas línguas portuguesa e inglesa. Para avaliar a qualidade dos estudos e a força de recomendação foi usada a escala Strenght of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Family Physician.

Resultados: Foram encontrados 33 artigos e selecionados, por cumprirem os critérios de inclusão, uma NOC e três EAC. Os EAC basearam-se em populações pediátricas com excesso de peso e obesidade. Verificou-se que os mesmos demonstraram redução dos níveis de esteatose hepática e/ ou dos valores de transaminases hepáticas. A NOC indica que os probióticos têm demonstrado eficácia na redução da esteatose hepática, embora evidencie a carência de estudos que sustentem esta recomendação.

Conclusão: O tratamento de primeira linha na EHNA passa pela perda de peso através de medidas dietéticas e exercício físico. Porém, não raros são os casos em que estas medidas são insuficientes e torna-se imperativo atuar, evitando a progressão desta patologia na idade adulta. Os probióticos apresentam-se como arma terapêutica promissora e inócua do ponto de vista de efeitos adversos. No que concerne ao seu efeito na EHNA pediátrica, os probióticos podem ter um papel vantajoso na redução da esteatose e inflamação, no entanto são necessários mais estudos para suportar esta recomendação (Força de recomendação B).

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