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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.24  supl.2 Porto dez. 2015

 

RESUMO DOS POSTERS / POSTERS PRESENTATIONS - ABSTRACTS

 

PD_24

Dispneia de inicio súbito e cianose: da clínica ao diagnóstico

 

 

Alexandra Martins1, Isabel Nunes1, Mariana Pinto1, João Nascimento2, Nuno Pacheco Pereira2, Sandra Rocha2, Lúcia Gomes1

1 Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga
2 Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Centro Hospitalar do Porto

 

 

Introdução: Na idade pediátrica os acidentes são uma importante causa de morbimortalidade. Uma anamnese detalhada e um exame físico completos são fundamentais no diagnóstico diferencial, contribuindo para um tratamento que, caso seja desadequado ou adiado, pode trazer consequências fatais.

Caso Clínico: Criança de 15 meses, sexo masculino. Antecedentes de bronquiolite. Observado por início súbito de dificuldade respiratória e cianose. Referia um possível engasgamento com feijão, ocorrido cerca de 6 horas antes, com rubor facial, sem cianose e que resolveu espontaneamente. Terá estado assintomático após o episódio. À admissão apresentava cianose perioral, tiragem global e hipóxia. Na auscultação pulmonar constatado inicialmente murmúrio vesicular (MV) bilateral com sibilos e prolongamento do tempo expiratório tendo evoluído para diminuição do MV à direita. Realizou nebulização com salbutamol e corticóide i.m., com melhoria transitória do SDR e reversão da cianose mantendo, porém, hipóxia importante. A radiografia de tórax apresentava hipotransparência de todo o campo pulmonar direito, compatível com atelectasia. Entubado eletivamente e orientado para realização de broncoscopia rígida que confirmou o diagnóstico de aspiração de corpo estranho. Verificada oclusão completa do brônquio pulmonar direito e fragmentos do corpo vegetal com migração para a árvore brônquica esquerda que dificultaram a extração do mesmo. Por esse motivo decidido internamento na UCIP, tendo iniciado antibioterapia endovenosa e mantido sob ventilação invasiva até D4.

Comentários: A aspiração de corpo estranho é um evento frequente em idade pediátrica, potencialmente ameaçador da vida. A clínica é variável podendo manter-se assintomático várias horas e iniciar queixas de forma súbita. A anamnese detalhada pode ser a chave do diagnóstico, possibilitando o tratamento precoce e diminuindo a co-morbilidade associada.

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