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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.24  supl.2 Porto dez. 2015

 

RESUMO DOS POSTERS / POSTERS PRESENTATIONS - ABSTRACTS

 

PD_19

Síndrome Gianotti-crosti e onicomadese em criança com infeção aguda por parvovírus

 

 

Carmo Ferreira1; Fábia Carvalho1; Inês Medeiros1; Ana Paula Vieira2; Helena Silva1

1 Serviço de Pediatria do Hospital de Braga
2 Serviço de Dermatologia do Hospital de Braga

 

 

Introdução: A infecção por Parvovírus cursa em 25% dos casos com manifestações cutâneas, sendo o síndrome Gianotti-crosti (SGC) pouco frequente. O SGC é uma manifestação autolimitada de acrodermatite papulo-vesicular associada a infeções víricas nomeadamente por Parvovírus B19, Epstein-Barr (EBV), Coxsackie vírus, entre outros. Onicomadese é o destacamento espontâneo e indolor da unha pelo extremo proximal, consequente a doenças inflamatórias com atingimento da matriz ungueal.

Caso Clínico: Relata-se o caso de uma criança de 22 meses, sexo masculino, admitido no Serviço de Urgência por febre e congestão nasal com 24 horas de evolução. Apresentava exantema pruriginoso de tipo papulo-vesicular simétrico, com distribuição de predomínio acral, atingindo mãos e pés incluindo palmas e plantas, períneo e região peribucal, com lesões monomorfas entre 2-5mm. Objectivaram-se ainda pústulas e crostas perinasais assim como enantema maculopapular do palato, com exsudado amigdalino em toalha. Analiticamente salientava-se leucocitose (18000/uL) com neutrofilia (10200/uL) e elevação de transaminases duas vezes o limite superior. Do estudo etiológico verificou-se pesquisa de streptococus do grupo A na orofaringe negativo, IgM e DNA de parvovírus B19 positivos com IgG negativa. IgM e DNA de CMV, Varicela, Herpes e EBV assim como RMN de coxsackie A9/16/B5 e enterovírus 71 negativos. O quadro clínico foi interpretado como SGC com sobreinfeção bacteriana, pelo que cumpriu 10 dias de amoxicilina e clavulanato. Em D3 de doença iniciou progressão das lesões da face para crosta e descamação das extremidades, com total resolução em 10 dias. Após 4 semanas das primeiras lesões, ocorreu onicomadese nas mãos e pés.

Comentários: A exuberante manifestação cutânea observada neste caso é invulgar, porém autolimitada e sem sequelas. A associação de onicomadese não acarreta agravamento do prognóstico embora seja frequentemente factor de preocupação para os pais e profissionais de saúde.

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