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Nascer e Crescer

Print version ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.24  supl.2 Porto Dec. 2015

 

RESUMO DOS POSTERS / POSTERS PRESENTATIONS - ABSTRACTS

 

PD_05

Auto-perceção dos adolescentes sobre o peso e sua repercussão na autoestima: revisão de tema

 

 

Ana Clara Moreira1, Ângela Valongo2, Beatriz Soares3, Célia Maia4

1 USF Viver Mais
2 USF Serzedelo
3 USF Salvador Machado
4 USF Ponte Velha

 

 

Introdução e objetivos: O excesso de peso e a obesidade em jovens tem sido assumido por várias entidades como um problema atual de saúde pública Mundial, com tendência a agravar. A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil estima uma prevalência de obesidade e excesso de peso em Portugal de 33% e 16,8%, respetivamente, e alerta para o facto de estes jovens estarem mais sujeitos a sofrer de bullying e outros tipos de discriminação, com consequências diretas na sua autoestima. São objetivos desta revisão compreender de que forma a autoperceção do jovem sobre o seu peso influencia a sua autoestima, que fatores contribuem para isso, e qual o estado de arte em Portugal relativamente a este tema.

Metodologia: Revisão clássica com pesquisa em bases de dados científicas (PubMed, UpToDate, Trip Database, National Guideline Clearinghouse, Guidelines Finder e Canadian Medical Association) e outras publicações (revistas e livros) sobre o tema. Seleção dos artigos com base na sua pertinência e atualidade.

Resultados: A autoestima é definida como a orienta-  ção positiva ou negativa de cada indivíduo relativamente a   si mesmo, sendo um dos componentes do autoconceito. A adolescência é uma fase de risco no que diz respeito à autoestima. Existem métodos, já validados para a língua portuguesa, para avaliação da autoestima, como por exemplo   a Escala de Autoestima de Rosenberg. A Escala de Silhuetas Humanas é útil para avaliação da autoperceção e satisfação corporal, encontrando-se ainda em fase de validação. A hipótese teórica de que o peso dos adolescentes influencia de forma marcante a perceção que têm de si mesmos e a sua autoestima tem sido testada em alguns estudos portugueses, assim como os fatores que para isso possam contribuir. Estudos têm revelado uma correlação inversa entre a insatisfação corporal e o score de autoestima. Outros mostram que valores de IMC mais elevados relacionam-se com valores superiores de insatisfação corporal. Fatores como o sexo e contexto familiar (ponderosidade dos pais) parecem influenciar a autoperceção do peso e sua repercussão na autoestima.

Conclusão: O excesso de peso e obesidade, além das consequências físicas que acarreta para os jovens, traz ainda perturbações sociais e psicológicas que comprometem a forma como se vêem e se comportam. A análise dos aspetos que possam influir na autoperceção do peso dos adolescentes, bem como na sua autoestima, parece ser um dos pontos essenciais para delinear estratégias de aconselhamento e motivação nas consultas com crianças/adolescentes com excesso ponderal.

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