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Nascer e Crescer

Print version ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.24  supl.2 Porto Dec. 2015

 

RESUMO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS / ORAL PRESENTATIONS - ABSTRACTS

 

CO_10

Desenvolvimento psicomotor de crianças prétermo em idade pré-escolar

 

 

Ana Rita Bodas1; João Paulo Gabriel2; José Carlos Leitão1; Anabela Pereira3; Luís Filipe Azevedo4; Eurico Gaspar2

1  Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, DCDES; CIDESD
2 Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
3 Universidade de Aveiro, DE; CIDTFF
4 Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, CIDES; CINTESIS

 

 

Introdução: A prematuridade afecta negativamente o desenvolvimento psicomotor (DPM). É consensual que o risco que determina é independente e evidente mesmo em crianças com idade gestacional muito próxima da gestação de termo. Foi propósito deste estudo avaliar o DPM de crianças em idade pré-escolar, nascidas pré termo e não referenciadas como portadoras de qualquer disfunção neurológica, designadamente cognitiva, motora ou comportamental.

Metodologia: Inclusão consecutiva de todas as crianças nascidas pré-termo internadas na neonatologia no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro no ano de 2009, nas condições anteriormente enunciadas. A avaliação foi feita aos 3 anos de idade, através das Escalas de Desenvolvimento Mental de Griffiths. Foi solicitado aos pais que qualificassem o DPM das suas crianças através de uma categorização tipo likert em muito fraco, fraco, satisfatório, bom e muito bom.

Resultados: Avaliaram-se 77 crianças, 38 do género feminino, 52% nascidas após as 34 semanas. A proporção de crianças com atraso de DPM global foi 45,5% (n=35), sendo os domínios de desenvolvimento locomotor e de audição e linguagem os mais frequentemente afectados. Observou-se ainda que 17 crianças com DPM global adequado obtiveram pontuações deficitárias em pelo menos um domínio de desenvolvimento específico, correspondendo a uma percentagem de 22% do total. Apenas num caso se verificou que a avaliação do DPM feita pelos pais foi inferior a satisfatória. Não se observaram diferenças significativas entre as crianças com e sem atraso de DPM relativamente às variáveis biológicas e sócio-familiares, designadamente peso à nascença, idade gestacional, idade e escolaridade materna, número de irmãos ou frequência de creche.

Conclusões: O impacto negativo da prematuridade no DPM de crianças em idade pré-escolar é significativo e com frequência pouco perceptível para os pais. Favorece-se a implementação de estratégias de vigilância e identificação precoce nestas crianças, mesmo na ausência de outros indicadores ou factores de risco de atraso do DPM.

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