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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.23  supl.3 Porto nov. 2014

 

POSTERS

 

PM-34

Hemoculturas positivas num Serviço de Pediatria: 2003-2012 (10 anos)

 

 

Carla GarcezI; Vera BaptistaI; Liliana AbreuI; Ariana AfonsoI; Alexandra EstradaII; Manuela Costa AlvesI

IServiço de Pediatria, Hospital de Braga
IIServiço de Patologia Clínica, Hospital de Braga

 

 

Introdução: Em situações clínicas selecionadas é aconselhada investigação complementar da criança com febre, incluindo realização de hemocultura (HC). A monitorização destes dados permite um conhecimento adicional sobre a evolução epidemiológica e microbiológica dos germens em causa. Pretende-se analisar as HC positivas por bactérias patogénicas num Serviço de Pediatria (SP).

Metodologia: Estudo retrospetivo de dados microbiológicos e clínicos referentes às bactérias patogénicas isoladas nas HC colhidas em crianças com idade entre 1 mês e 17 anos, admitidas num SP, entre 2003 e 2012.

Resultados: No período analisado foram colhidas 7641 HC (média 764/ano), com média anual de 109 HC positivas por bactérias contaminantes (14,2%) e 16 por bactérias potencialmente patogénicas (BPP) (2,1%). No total isolaram-se 158 BPP, sendo as mais frequentes: Staphylococcus aureus (46;29,1%), Streptococcus pneumoniae (44;27,8%), Escherichia coli (16;10,1%), Enterococcus faecalis (13;8,2%), Neisseria meningitidis (9;5,7%), Streptococcus pyogenes (9;5,7%) e Moraxella catarrhalis (8;5,1%). Nenhuma N. meningitidis era resistente à ampicilina, quatro S. pneumoniae tinham resistência intermédia à penicilina e quatro S. aureus tinham resistência à meticilina.

Em 67% dos casos de HC positivas por BPP a idade foi inferior a 36 meses. Os diagnósticos mais relevantes foram: bacteriémia, pneumonia, sépsis, meningite e pielonefrite. Faleceu uma criança devido a choque sético (S. pneumoniae).

Conclusão: O número de HC colhidas, HC positivas por BPP e a taxa de contaminação mantiveram-se constantes no período analisado. A taxa de contaminação foi elevada. Verificou-se diminuição da incidência da N. meningitidis após 2005 e do S. pneumoniae após 2007. As suscetibilidades das diferentes bactérias patogénicas aos antimicrobianos mantiveram-se estáveis. Enfatiza-se a importância epidemiológica e clínica da monitorização de dados microbiológicos.

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