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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.23  supl.1 Porto mar. 2014

 

POSTER ABSTRACTS / RESUMOS DE POSTERS

 

P-18

A adrenoleucodistrofia ligada ao cromossoma X em portugal

 

 

Francisco LaranjeiraI; Dulce QuelhasI; Eugénia PintoI; Helena RibeiroI; Isaura RibeiroI; Sara PachecoI; Lúcia LacerdaI

IUnidade de Bioquímica Genética, Centro de Genética Médica Doutor Jacinto Magalhães, Centro Hospitalar do Porto E.P.E., Porto, Portugal

francisco.laranjeira@chporto.min-saude.pt

 

 

Introdução: A Adrenoleucodistrofia ligada ao cromossoma X (X-ALD) é a mais frequente das doenças hereditárias do metabolismo de causa peroxissomal.

O défice no funcionamento da proteína transportadora membranar ABCD1 codificada pelo gene ABCD1 que se localiza em Xq28 – impede o transporte dos ácidos gordos saturados de cadeia muito longa (AGCML) para o lúmen do peroxissoma, e a sua beta-oxidação, o que se traduz numa acumulação em todos os tecidos. As principais manifestações surgem no córtex adrenal, mielina do sistema nervoso central e células de Leydig dos testículos. Clinicamente há um espectro de apresentação, variando tanto quanto à idade de surgimento como no que respeita ao tipo de manifestações, podendo ocorrer dentro da mesma família. O diagnóstico laboratorial baseia-se na quantificação dos AGCML. Uma percentagem de mulheres com mutações causais de X-ALD apresenta valores normais nestas determinações pelo que o estudo molecular do gene ABCD1 deve ser realizado nos casos de indivíduos do sexo feminino com forte indicação clínica.

Objetivo: Neste trabalho pretende-se apresentar a caracterização dos indivíduos com mutações no gene ABCD1 estudados no nosso laboratório.

Métodos: O doseamento dos AGCML é feito por cromatografia gasosa em amostras de plasma, soro ou fibroblastos de pele cultivados.

O estudo molecular do gene ABCD1 inicia-se por PCR e sequenciação das regiões codificantes do gene e respetivas zonas flanqueantes.

Resultados: São apresentados os dados bioquímicos e moleculares, bem como a informação clínica disponível, relativamente a 118 indivíduos 57 do sexo masculino e 61 do sexo feminino portadores de mutações no gene ABCD1, pertencentes a 43 famílias diferentes.

Foram encontradas 40 mutações diferentes no total das 43 famílias portuguesas com indivíduos com X-ALD, pelo que praticamente cada família tem a sua mutação “privada”. Conclusões: A grande maioria dos indivíduos do sexo feminino estudados foi-o em resultado do estudo familiar e aconselhamento genético, tendo sido poucos os encaminhados por suspeita clínica. Pode ser o resultado tanto de uma apresentação mais atenuada da patologia como da frequente confusão dos sintomas com os de outras patologias situação que também ocorre em indivíduos do sexo masculino entre as quais a esclerose múltipla.

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