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Revista Portuguesa de Imunoalergologia

versão impressa ISSN 0871-9721

Rev Port Imunoalergologia vol.27 no.2 Lisboa jun. 2019

 

PÁGINA EDUCACIONAL

 

Protocolo clínico de avaliação de doentes adultos com dermatite atópica em tratamento com Dupilumab

Clinical protocol of evaluation of adult patients with atopic dermatitis treated with Dupilumab

 

Cristina Lopes1,2, Marta Neto3, Frederico Regateiro4,5, João Marcelino3, Célia Costa3, Sofia Campina6, Rita Aguiar6, Anabela Lopes3; Grupo de Interesse de Alergia Cutânea da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica

1 Unidade de Imunoalergologia Hospital Pedro Hispano Unidade Local de Saúde Matosinhos

2 Serviço de Imunologia Básica e Clínica, Departamento de Patologia Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

3 Serviço de Imunoalergologia, Hospital Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte

4 Serviço de Imunoalergologia, Centro Hospitalar de Coimbra

5 Instituto de Imunologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra

6 Unidade de Imunoalergologia do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental

 

Correspondência para:

 

RESUMO

A dermatite atópica (DA) é a patologia cutânea inflamatória mais frequente nos países desenvolvidos sendo frequentemente a primeira manifestação de doença alérgica. Surge habitualmente nos dois primeiros anos de vida, sendo que quando persiste na idade adulta tende a ser mais grave. A sua fisiopatologia é complexa envolvendo factores genéticos e ambientais. O tratamento das formas mais graves inclui a utilização de terapêutica imunossupressora sistémica, sendo o único tratamento on label na Europa nesta categoria, a ciclosporina. O Dupilumab é um anticorpo monoclonal totalmente humano que inibe a sinalização IL-4/IL-13 estando indicado nas formas de dermatite atópica mais graves. Este protocolo clínico pretende estabelecer de acordo com as guidelines internacionais, quais as recomendações clinicas para a utilização de dupilumab em doentes adultos com DA moderada a grave, quais as contraindicações e precauções especiais. Sugere ainda uma proposta de avaliação e monitorização da resposta ao tratamento.

Palavras-chave: Anticorpo monoclonal, dermatite atópica, dupilumab, protocolo, tratamento.

 

ABSTRACT

Atopic dermatitis is the most frequent inflammatory skin disease in developed countries and is often the first manifestation of allergic diseases. It usually appears until two years of age and when persisting into adulthood tends to be more severe. Its physiopathology is complex involving genetic and environmental factors. The treatment of severe forms is based on systemic immunosuppression and cyclosporine is the only drug of this class on label in Europe. Dupilumab is a monoclonal antibody anti-IL-4 /IL-13 indicated in the most severe forms of disease. This clinical protocol intends to establish clinical recommendations based on international guidelines for the use of dupilumab in adult patients with moderate to severe athopic dermatitis. It also approaches contraindications and special precautions proposing a schedule to monitorize treatment response.

Keywords: Atopic dermatitis, dupilumab, monoclonal antibody, protocol, treatment.

 

DEFINIÇÕES E CONCEITOS GERAIS

A dermatite atópica (DA) é a patologia cutânea inflamatória mais frequente nos países desenvolvidos1.

Os únicos dados disponíveis sobre a prevalência desta patologia em Portugal foram obtidos num estudo de prevalência de DA a nível mundial nas faixas etárias dos 6-7 anos (em Portugal 9,3%) e 13-14 anos (5,5%)2. Há, no entanto, a perceção de que a persistência desta patologia até à idade adulta tem vindo a aumentar3, assim como o número de novos casos nesta faixa etária4,5.

A dermatite atópica caracteriza-se por lesões cutâneas pápulo-vesiculares intensamente pruriginosas que evoluem para descamação, despigmentação e posterior liquenificação.

Em cerca de 60-80% dos casos, a DA surge nos dois primeiros anos de vida, com maior propensão pelo sexo feminino. Na maioria das vezes tem uma evolução favorável, sendo que quando persiste na idade adulta tende a ser mais grave. É frequentemente a primeira manifestação de doença alérgica, sendo que os doentes com DA têm uma incidência aumentada de alergia alimentar, rinite e asma alérgica4,6.

A sua fisiopatologia é complexa, envolvendo factores genéticos (por exemplo, mutações do gene da filagrina) e ambientais (por exemplo, alergénios, alterações do microbioma cutâneo, maior predisposição para colonização por S. aureus). Tem por base uma disfunção da imunidade inata e da imunidade adaptativa com inflamação predominantemente Th2, caracterizada por sobreexpressão de várias citocinas, entre as quais as interleucinas IL-4 e IL-13, que desempenham funções centrais na fisiopatologia da doença.

O tratamento da DA deve ser orientado de acordo com a sua gravidade, tendo por base a utilização profilática diária de emolientes e a utilização de corticoides e/ou imunossupressores tópicos nas zonas de lesões ativas. No caso das exacerbações agudas pode ser necessária a utilização de corticoides orais por curtos períodos de tempo.

Nos casos em que não há remissão dos sintomas com medicação tópica, é geralmente necessária a utilização de terapêutica imunossupressora sistémica, sendo que o único tratamento on label na Europa nesta categoria é a ciclosporina.

O metotrexato e a azatioprina têm sido utilizados off label na Europa como alternativas à ciclosporina7.

O Dupilumab é um anticorpo monoclonal totalmente humano que tem como alvo a subunidade alfa do receptor da IL-4, desta forma inibindo a sinalização IL-4/IL-138,9. O Dupilumab foi aprovado como tratamento para DA moderada a grave em doentes a partir dos 12 anos pela Food and Drug Administration em março de 2017, na Europa para adultos em setembro de 201711. Os ensaios clínicos demonstraram uma melhoria significativa quer dos scores de gravidade quer da qualidade de vida dos doentes com DA moderada a grave8,9.

RECOMENDAÇÕES CLÍNICAS PARA TRATAMENTO COM DUPILUMAB

O Dupilumab, de acordo com as recomendações internacionais7,10, está indicado no tratamento de doentes adultos com DA moderada a grave:

· se não houver resposta a, pelo menos, uma terapêutica sistémica, como ciclosporina (on label), metotrexato, azatioprina e micofenolato de mofetil (off label);

· se estas terapêuticas estiverem contraindicadas ou não tiverem sido toleradas

Na Europa, o único imunomodulador sistémico on label no tratamento da DA é a ciclosporina (dose inicial de 2,5-5 mg/kg/dia, sendo a dose máxima diária de 5 mg/kg/dia)7; o tempo expectável para existir resposta ao tratamento é de cerca de 3-6 meses. O tratamento contínuo com ciclosporina não deverá exceder os dois anos7.

Recomenda-se que:

· no caso de dúvidas no diagnóstico deve ser ponderada a realização de biópsia cutânea antes de iniciar Dupilumab;

· deve ser ponderada a possibilidade de dermatite de contacto alérgica como fator agravante antes do início de tratamento com Dupilumab. Relativamente à resposta ao tratamento:

· é expectável observar-se melhoria clínica com Dupilumab a partir das 4 semanas de tratamento;

· deve ser ponderada a suspensão do tratamento com Dupilumab na ausência de resposta adequada às 16 semanas.

Considera-se uma resposta adequada ao tratamento a redução de, pelo menos, 50% do score EASI (Eczema Area Severity Index) quando comparado com a avaliação inicial e redução de, pelo menos, 4 pontos no score DLQI (Dermatology Life Quality Index) quando comparado com o score inicial.

CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes.

Está contraindicada a administração de vacinas com vírus vivos em doentes a fazer tratamento com Dupilumab11. Os doentes a receber Dupilumab podem receber vacinações concomitantes com vacinas inativas ou não vivas11.

PRECAUÇÕES ESPECIAIS

Gravidez e lactação

Não se recomenda a utilização de Dupilumab durante a gravidez ou lactação por não haver dados de segurança durante estes períodos.

Doenças parasitárias ativas

O Dupilumab pode influenciar a resposta imune contra as infeções helmínticas ao inibir a sinalização IL-4/IL-13.

Se houver elevada suspeição clínica de infeção parasitária, poderá estar indicada a realização de exame parasitológico de fezes. Os doentes com infeções helmínticas preexistentes devem ser tratados antes de iniciarem o Dupilumab.

Se os doentes contraírem a infeção enquanto estão a receber tratamento com Dupilumab e não responderem ao tratamento anti-helmíntico, o tratamento com Dupilumab deve ser descontinuado até resolução da infeção.

Conjuntivite

As conjuntivites são mais comuns nos doentes com DA do que na população em geral – 31 a 56% dos doentes com DA desenvolvem conjuntivite, sendo que a prevalência aumenta com a gravidade da DA1. Nos ensaios clínicos realizados com Dupilumab durante 52 semanas verificou-se um aumento da incidência anual de episódios de conjuntivite não infeciosa, 9 eventos/100 doentes/ano no grupo placebo para 16-25 eventos /100 nos grupos que receberam Dupilumab.9 A conjuntivite foi mais frequente em doentes com DA mais grave de base, com maior duração da doença e com história clínica prévia de conjuntivite. A maioria dos casos ocorreu no início do tratamento (até aos 4 meses) e foram ligeiros a moderados.

Para o tratamento da conjuntivite associada à DA recomenda-se como manutenção a utilização de lágrimas artificiais, sendo que a utilização de fluorometolona 0,1% colírio e tacrolimus 0,03% pomada oftálmica demonstraram um benefício claro, com resolução dos sinais e sintomas na maioria dos casos mais graves12.

Os doentes que apresentem conjuntivite não infecciosa de novo ou agravamento significativo das queixas prévias de conjuntivite devem ser submetidos a exame oftalmológico.

Asma como comorbilidade

O Dupilumab obteve aprovação para o tratamento da asma moderada a grave na Food Drug Administration (FDA) em novembro de 201813. Os doentes com DA e asma como comorbilidade poderão ter um benefício adicional com o tratamento com Dupilumab.

Imunoterapia com aeroalergénios

Não existem dados sobre a influência do tratamento com Dupilumab em doentes a fazer tratamento com imunoterapia com alergénios.

Switch de medicação com imunossupressores sistémicos para Dupilumab

a) Ciclosporina: durante o 1º mês de tratamento com Dupilumab recomenda-se manter o tratamento com ciclosporina com diminuição progressiva para metade da dose, de 15 em 15 dias até suspensão, de modo a evitar o efeito rebound da suspensão abrupta da ciclosporina;

b) Metotrexato: sem necessidade de período de overlap dada maior semivida do fármaco.

Doentes idosos (≥65 anos)

Não é recomendado qualquer ajuste posológico para os doentes idosos11.

Doença renal

Não é necessário qualquer ajuste posológico nos doentes com insuficiência renal ligeira ou moderada. Estão disponíveis dados muito limitados sobre doentes com insuficiência renal grave11.

Doença hepática

Não estão disponíveis dados sobre doentes com insuficiência hepática11.

Peso corporal

Não é recomendado qualquer ajuste posológico para o peso corporal11.

Doentes pediátricos

A segurança e eficácia do Dupilumab em crianças com menos de 18 anos de idade não foram estabelecidas11.

REGISTOS

Os doentes candidatos a tratamento com Dupilumab deverão estar registados no Registo de Doentes com dermatite atópica moderada a grave da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clinica.

LOCAL E ESQUEMA DE ADMINISTRAÇÃO

A dose recomendada de Dupilumab para doentes adultos é uma dose inicial de 600 mg (duas injeções de 300 mg), seguida por 300 mg administrados em semanas alternadas sob a forma de injeção subcutânea na coxa ou no abdómen, excetuando a zona de 5 cm em redor do umbigo. Se for outra pessoa a administrar, pode ser usada a região superior do braço. Não deve ser administrado em pele lesionada.

Os doentes podem autoinjetar Dupilumab caso o seu profissional de saúde determine que tal é apropriado. Deve ser proporcionada formação adequada aos doentes e/ou aos prestadores de cuidados sobre a preparação e a administração antes da sua utilização.

AVALIAÇÃO

A avaliação descrita em RCM preconiza apenas uma avaliação médica inicial e às 16 semanas sem necessidade de um controlo analítico específico11. No entanto, sugere-se, para um maior controlo da evolução da resposta ao tratamento, que os doentes com DA a fazer Dupilumab sejam avaliados clinicamente pelo seu médico assistente previamente a cada toma no primeiro mês, depois mensalmente até ao 6.º mês, depois de 3/3 meses até perfazer um ano e, posteriormente, de 6/6 meses (de acordo com a duração do tratamento).

Gravidade e atividade da doença

SCORAD (Scoring atopic dermatitis) – utiliza três domínios (extensão, intensidade das lesões e sintomas subjectivos de prurido e perturbação do sono) variando entre 0-103: 0-25-ligeira, 25-50, moderada, grave> 50 (Anexo 1).

Eczema Area and Severity Index (EASI) – avalia a extensão e gravidade das lesões 0,1-1,0 = muito ligeiro; 1,1-7.0 = ligeiro; 7,1-21,0 = moderado; 21,1-50,0 = grave; 50,1-72,0 = muito grave (Anexo 2).

Qualidade de vida

DLQI – Dermatological life quality of life índex – Questionário validado na população portuguesa com score que varia entre 0 e 30 – sem impacto na qualidade de vida (score 0-1), impacto ligeiro (2-5), moderado (6-10), elevado (11-20), muito elevado (21-30) 14 (Anexo 3).

Propõe-se a realização de análises gerais nomeadamente β-HCG (idade fértil), hemograma, velocidade de sedimentação, doseamento serico de IgE , IgG, IgA, IgM, ureia, creatinina TGO, TGP, bilirrubina total e direta, electroforese sérica antes e após 6 meses de tratamento, seguida de uma avaliação anual (Quadro 1).

No caso de o doente ter asma como comorbilidade sugere-se a avaliação de controlo de sintomas de rinite e asma através do questionário (CARAT) (disponível em www.new.caratnetwork.org), assim como a realização de provas, função respiratória e monitorização do número de exacerbações de asma (Quadro 2).

EFEITOS INDESEJÁVEIS

Resumo do perfil de segurança

As reações adversas mais frequentes foram reacções no local de injeção, conjuntivite, blefarite e herpes oral.

As reações de hipersensibilidade, incluindo urticária generalizada, exantema, anafilaxia ou doença soro-like, foram reportadas em <1% doentes. No RCM não está preconizado que a administração obrigue a vigilância médica.

Sintomas adversos documentados

· Muito frequentes (≥ 1/10): Reações no local de administração (inchaço, eritema, dor, prurido);

· Frequentes (≥ 1/100, < 1/10): conjuntivite, prurido, herpes oral, eosinofilia, cefaleias;

· Muito raros (< 1/10.000): doença do soro/reacções do tipo doença do soro.

 

REFERÊNCIAS

1. Wollenberg A, Barbarot S, Bieber T, Christen-Zaech S, Deleuran M, Fink-Wagner A, et al. Consensus-based European guidelines for treatment of atopic eczema (atopic dermatitis) in adults and children: part I. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2018;32(5):657-82.         [ Links ]

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8. Thomson J, Wernham AGH, Williams HC. Long-term management of moderate-to-severe atopic dermatitis with Dupilumab and concomitant topical corticosteroids (LIBERTY AD CHRONOS): a critical appraisal. Br J Dermatol 2018;178:897-902.         [ Links ]

9. Blauvelt A, de Bruin-Weller M, Gooderham M, Cather JC, Weisman J, Pariser D, et al. Long-term management of moderate-to-severe atopic dermatitis with Dupilumab and concomitant topical corticosteroids (LIBERTY AD CHRONOS): a 1-year, randomised, double-blinded, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet 2017;389:2287-303.         [ Links ]

10. 2018 . Dupilumab for treating moderate to severe atopic dermatitis (TA534). 2018. http://nice.org.uk/guidance/ta534.         [ Links ]

11. Resumo Caracteristicas do Medicamento Dupixent® https://ec.europa.eu/health/documents/communityregister/2017/201709-26138667/anx_138667_pt.pdf        [ Links ]

12. Wollenberg A, Ariens L, Thurau S, van Luijk C, Seegraber M, de Bruin-Weller M. Conjunctivitis occurring in atopic dermatitis patients treated with Dupilumab-clinical characteristics and treatment. J Allergy Clin Immunol Pract 2018;6:1778-80 .         [ Links ]

13 https://www.accessdata.fda.gov/drugsatfda_docs/label/2017/7610-55lbl.pdf        [ Links ]

14. Finlay AY KG. Dermatology Life Quality Index (DLQI): A simple practical measure for routine clinical use. Clin Exp Dermatol 1994;19:210-6.         [ Links ]

 

Contacto:

Cristina Lopes

E-mail: cristina.lopes.abreu@gmail.com

 

Conflito de interesses

Os autores não receberam qualquer apoio financeiro para a realização deste protocolo.

Cristina Lopes declara ter recebido apoio financeiro como palestrante ou consultor científico de AstraZeneca, Novartis, TEVA, Sanofi; Frederico Regateiro de AstraZeneca, Novartis, TEVA, Sanofi; Anabela Lopes de Novartis, Sanofi, Bial; Sofia Campina de Novartis; Marta Neto, João Marcelino, Célia Costa e Rita Aguiar não têm conflitos de interesse a declarar.

 

Data de receção / Received in 25/02/2019

Data de aceitação / Accepted for publication in: 18/03/2019

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