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Análise Psicológica

 ISSN 0870-8231

     

https://doi.org/10.14417/ap.998 

Análise fatorial confirmatória do questionário “O Papel do Pai” numa amostra de pais e mães portuguesas

Lígia Monteiro1, Nuno Torres2, Manuela Veríssimo2, Inês Pessoa e Costa2, Miguel Freitas2

1Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL

2WJCR, ISPA – Instituto Universitário

Correspondência

 

RESUMO

O presente estudo visou traduzir para português o questionário “The Father’s Role” e analisar a qualidade do ajustamento do modelo de medida do instrumento para pais e mães, numa amostra de 200 famílias nucleares, com crianças em idade pré-escolar. Os resultados permitem suportar a estrutura uni-fatorial do QPP para as respostas do pai, com índices de ajustamento que sustentam a boa qualidade do modelo. Para as mães apenas um modelo bi-fatorial se mostrou adequado. Os resultados sugerem que as atitudes e crenças sobre a parentalidade de pais e mães portugueses poderão ter estruturas diferentes.

Palavras-chave: Parentalidade, Papel do pai, Análise confirmatória.

 

ABSTRACT

The aim of this study was to translate “The Father’s Role Questionnaire” to Portuguese and to test its factor structure for fathers and mothers, in a sample of 200 bi-parental families, with pre-school age children. Results support the uni-factor structure of the questionnaire for fathers, showing adjustment indices that support the good quality of the model. For mothers only a bi-factor model has shown to be adequate. Results suggest that the beliefs and attitudes for Portuguese fathers and mothers may have different structures.

Key-words: Parenting, The role of the father, Confirmatory analysis.

 

As atitudes e crenças que os pais têm acerca do seu papel na família e, em particular, na educação e desenvolvimento da criança têm sido objeto de interesse, nos últimos anos, por parte dos investigadores na área da parentalidade (e.g., Lamb, 2010). Em Portugal, estas têm ganho particular relevo, mais recentemente, sob o focos dos média mas, também, com trabalhos realizados em áreas diversas desde a sociologia da família à psicologia do desenvolvimento.

As mudanças ocorridas na estrutura tradicional da família, com percentagens cada vez mais elevadas de mães activas no mercado de trabalho (remunerado), famílias monoparentais ou reconstituídas, o aumento da idade média ao casamento ou do nascimento do primeiro filho (Instituto Nacional de Estatística, 2013), assim como, mudanças na visão dos papéis de género, conduziram ao surgimento de novas expetativas acerca dos papéis a desempenhar por mães e pais nas esferas familiar e laboral. De uma visão mais tradicional, do pai como suporte financeiro ou elemento disciplinador, e da mãe como cuidadora e responsável pela família tem-se vindo, progressivamente, a adotar uma visão mais igualitária destes papéis (e.g., Cabrera, Tamis-LeMonda, Bradley, Hofferth, & Lamb, 2000; Lamb, 2010; Monteiro et al., 2010; Pleck & Pleck, 2010).

O modo como os pais percecionam, e a importância que atribuem aos papéis que desempenham, pode ser, contudo, diversa. A análise destas perceções é importante, uma vez que o modo como os homens compreendem e organizam o seu papel, enquanto pais, terá impacto no nível do seu envolvimento e na natureza das interações com os filhos (e.g., Lamb, Pleck, Charnov, & Levine, 1985; Palkovitz 1984; Parke, 2002). Segundo Beitel e Parke (1998), as crenças dos pais sobre as diferenças de género (com raiz na biologia), a sua perceção de competência e até que ponto valorizavam o seu papel de pai são preditores do envolvimento com os filhos, nos primeiros meses de vida. No estudo de McBride, Schoppe, Ho e Rane (2004), homens com uma visão menos tradicional do papel de pai (i.e., que ia para além do suporte financeiro) indicavam demostrar mais afetos e ter níveis mais elevados de monitorização das crianças. McBride e Rane (1997) verificaram, ainda, que as perceções e atitudes dos pais acerca do seu papel e da sua importância para o desenvolvimento das crianças, em idade pré-escolar, se encontravam positivamente associadas com o seu envolvimento (interação, acessibilidade e responsabilidade).

O papel do pai poderá ser melhor compreendido numa abordagem sistémica da família, onde a parentalidade é vista como multideterminada (e.g., Belsky, 1984; Lamb et al., 1985). Há, assim, que considerar (entre outros) as crenças, atitudes e comportamentos maternos face à importância e papel do pai. Diversos autores (e.g., Schoppe-Sullivan, Brown, Cannon, Mangelsdorf, & Sokolowski, 2008) sugerem que as mães podem funcionar como reguladoras dos papéis desempenhados pelos pais no seio da família, restringindo ou favorecendo a participação e envolvimento dos mesmos. Neste sentido, McBride et al. (2005) consideram as crenças maternas acerca do papel do pai como um potencial mecanismo de gatekeeping, indicando que os níveis de envolvimento do pai com os filhos são moderados pelas crenças maternas acerca do papel do pai. Palkovitz (1984), assim como, McBride e Rane (1997) verificaram que, para além das perceções e atitudes paternas acerca do seu papel, o modo como a mãe concebe o papel do pai surge como o melhor preditor do envolvimento e interação com a criança.

 

The Role of the Father Questionnaire (Palkovitz, 1984)

O Questionário sobre o Papel do Pai (QPP) avalia as atitudes parentais face ao papel do pai, nomeadamente, até que ponto este é considerado importante para o desenvolvimento da criança. Na versão original, os 15 itens que o compõem estão organizados apenas numa dimensão. Valores mais elevados refletem atitudes de que os pais são capazes e que devem estar envolvidos, assim como, são capazes de serem sensíveis e disponíveis nas interações com os filhos. Estudos que utilizam esta medida indicam níveis de fiabilidade aceitáveis, assim como a sua validade preditiva ao obterem associações com o envolvimento do pai (e.g., McBride & Rane, 1997; Palkovitz, 1984). Originalmente construída para pais com bebés, o QPP foi revisto para pais com crianças em idade pré-escolar (e.g., McBride & Rane, 1997), onde apenas a palavra bebé (infant) foi substituída por criança pequena (young child), sendo reportados nível de consistência interna aceitáveis (alfas de .77 para os pais e .79 para as mães). Em Portugal, Lima (2001) utilizou o QPP numa amostra de 50 mães e pais portugueses, com crianças em idade pré-escolar, não indicando a realização de análises fatoriais do questionário. O alfa de Cronbach para os pais foi de .65 e de .58 para as mães; tendo o item 12 sido eliminado por apresentar variância nula no caso das respostas dos pais.

Os objetivos do presente estudo foram: (1) Realizar uma análise fatorial confirmatória no sentido de avaliar a qualidade do ajustamento do modelo de medida do Questionário sobre o Papel do Pai, quer para os questionários dos pais, quer para os questionários das mães; (2) Analisar a existência de associações e diferenças nas atitudes de ambas as figuras parentais face ao papel do pai em função das caraterísticas sociodemográficas: idade, habilitações literárias, e emprego/número de horas que mães/pais trabalham, assim como da idade e sexo das crianças.

 

Método

 

Participantes

200 famílias nucleares portuguesas participaram no estudo. Os pais tinham idades compreendidas entre os 21 e os 62 anos (M=35.43, DP=5.24) e as mães entre 19 e 47 anos (M=33.92, DP=4.70). As habilitações literárias dos pais variavam entre os 4 e os 21 anos de escolaridade (M=10.81, DP=3.6) e das mães entre os 4 e os 19 anos de escolaridade (M=12.70, DP=3.77). 168 pais e 149 mães trabalhavam a tempo inteiro e 6 pais e 10 mães a tempo parcial (em média 41.51 e 38.59 horas/semanais respetivamente). As crianças tinham idades compreendidas entre os 24 e 61 meses (M=42.30, DP=9.56), sendo 85 do sexo feminino e 155 do masculino. Destes, 113 tinham irmãos. As crianças passavam em média 8.25 (DP=1.34) horas por dia na escola. As famílias habitavam no distrito de Lisboa, tendo sido recrutadas para o estudo através das escolas que as crianças frequentam. Trata-se de uma amostra de conveniência.

 

Instrumentos

 

Dados sociodemográficos

 

A Ficha de Identificação (Veríssimo, não publicada) visa recolher informação relativa aos dados sociodemográficos da família.

 

Papel do Pai

 

The Role of the Father (Palkovitz, 1984) é um questionário de 15 itens que visa analisar as atitudes parentais, nomeadamente, até que ponto a figura parental crê que o papel do pai é importante para o desenvolvimento da criança. É respondido numa escala de 5 pontos: (5) Concordo Fortemente; (3) Não Concordo, Nem Discordo; (1) Discordo Fortemente. Por exemplo: “É essencial para o bem-estar das crianças que os pais passem tempo a interagir e a brincar com os(as) seus(suas) filhos(as)”; “Um pai deverá estar tão fortemente envolvido, quanto a mãe, nos cuidados ao seu(a) filho(a)”; “As mães são, naturalmente, cuidadoras mais sensíveis do que os pais”. Os itens 2, 5 e 6 deverão ser invertidos.

Os valores totais (soma dos itens) variam entre 15 e 75, sendo que valores elevados refletem atitudes de que os pais se devem envolver nos cuidados ao seu filho(a), de que são capazes e devem demonstrar sensibilidade, e que este envolvimento tem impacto no desenvolvimento da criança. Valores reduzidos indicam que não faz parte do papel do pai estar envolvido com o(a) seu filho(a), ou que este não tem uma influência positiva no desenvolvimento da criança. Neste estudo, a versão de Palkovitz (1984) foi adaptada para crianças em idade pré-escolar, na qual a única alteração foi a substituição da palavra “bebé” por “criança pequena”.

 

Procedimento

No seguimento da autorização necessária do autor da escala Rob Palkovitz, procedeu-se à tradução do instrumento “The Role of the Father” (O Papel do Pai QPP) para Português, obedecendo aos critérios referenciados para as traduções por Brislin (1980), designado de “abordagem por comité”, uma metodologia para a adaptação transcultural de questionários psicológicos. Uma primeira versão foi depois aplicada a um pequeno grupo de pais, de forma a garantir que todos os itens eram compreensíveis.

Após as autorizações necessárias das escolas e os consentimentos informados dos participantes, os questionários foram entregues em momentos distintos a mães e pais e respondidos de modo independente pelos mesmos. A ficha sociodemográfica foi preenchida apenas pela mãe. Refira-se que esta recolha de dados decorreu no contexto de um projeto mais amplo, a decorrer no ISPA-IU, que analisa o desenvolvimento sócio-emocional das crianças considerando, o contexto familiar e escolar.

 

Resultados

A estrutura fatorial do QPP foi avaliada, numa amostra de 200 pais e mães, através de uma análise fatorial confirmatória com o software AMOS (v.21, SPSS Inc, Chicago, IL).

A existência de outliers foi avaliada pela distância quadrada de Mahalanobis (D2) e a normalidade das variáveis pelos coeficientes de assimetria (sk) e curtose (ku) nas suas formas uni e multivariada. A qualidade de ajustamento global do modelo fatorial foi avaliada de acordo com os seguintes índices: o teste do Qui-quadrado de ajustamento (χ2/df), o Comparative Fit Index (CFI) e o Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA, P[rmsea≤0.05]). A qualidade do ajustamento local foi avaliada pelos pesos fatoriais e pela fiabilidade individual dos itens. O ajustamento do modelo foi feito a partir dos índices de modificação (superiores a 11; p<.001) produzidos pelo AMOS e com base em considerações teóricas. Finalmente, a fiabilidade compósita (FC) enquanto indicador da fiabilidade de constructo foi avaliada como descrito em Fornell e Larcker (1981). A análise preliminar revelou que nenhuma variável apresentou valores de Sk e Ku indicadores de violações severas à distribuição Normal (|Sk|>3 e |Ku|>10, ver Marôco, 2010).

Seguidamente, o modelo unifatorial do QPP, segundo Palkovitz (1984), foi ajustado a uma amostra de 200 questionários de pais e 200 questionários de mães. O modelo inicial para o pai revelou uma qualidade de ajustamento moderado; o modelo para a mãe revelou uma qualidade de ajustamento pobre. Os índices dos modelos podem ser analisados na Tabela 1.

 

 

De modo a melhorar o ajustamento do modelo inicial foram removidos os itens com fracas propriedades psicométricas, especificamente os que demonstraram pesos fatoriais estandardizados menores que |.10|, dando origem aos modelos simplificados (ver Tabela 1).

Foram removidos os itens 4 (“As responsabilidades da paternidade nunca se sobrepõem às alegrias que daí advêm”), 10 (“As mães são, naturalmente, cuidadoras mais sensíveis do que os pais”), e 13 (“É importante responder, de modo rápido, a uma criança pequena, cada vez que ela chora”). Como se pode verificar, na Tabela 1, os modelos simplificados demonstraram melhor ajustamento, tanto para o pai, como para a mãe. No entanto, enquanto o modelo para o pai atingiu bons índices de ajustamento, o modelo para a mãe não os atingiu.

Assim foi especificado um novo modelo para as mães, composto por dois fatores, dividindo os itens respeitantes a uma “atitude tradicional face ao papel do pai” num fator e os itens respeitantes a uma “atitude moderna” noutro fator. Verificou-se que o item 10 tinha um peso fatorial estandardizado de λ=.38 no fator “Atitude Tradicional”, pelo que foi incluído neste modelo. Por outro lado, o item 15 (“Considerando todos os aspetos da paternidade, ser pai é uma experiência extremamente gratificante”) demonstrou um índice de modificação superior a .11 para a inclusão nos dois fatores, pelo que o eliminámos. Este modelo de 2 fatores para a mãe demonstrou um bom ajustamento. Para efeitos comparativos foi, também, calculado para o pai um modelo de dois fatores, homólogo ao da mãe, que veio a demonstrar um ajustamento muito pobre (ver Tabela 1).

Os pesos fatoriais estandardizados e a variância explicada dos itens dos modelos com melhores índices de ajustamento, bem como as fiabilidades compósitas de cada fator, para o pai e para a mãe, são apresentados nas Tabela 2 e 3.

 

 

 

 

De seguida foram realizadas análises de modo a testar a existência de associações e diferenças nas atitudes face ao papel do pai em função das caraterísticas sociodemográficas: idade, habilitações literárias, emprego de mães/pais, assim como, sexo e idade das crianças. Obtiveram-se correlações positivas e significativas entre as respostas do pai ao QPP e a idade dos pais (r=.14; p<.05) e das mães (r=.22; p<.05). Encontrou-se, ainda, uma correlação positiva e significativa entre as respostas das mães ao QPP, na dimensão “Atitude Moderna” e a idade da criança (r=.17; p<.05). Não foram encontradas associações significativas com as habilitações literárias, número de horas de trabalho de mães/pais, nem diferenças significativas em função do sexo da criança.

 

Discussão

O presente estudo teve como objetivo analisar as crenças e atitudes de pais e mães acerca do papel do pai testando, numa amostra de famílias bi-parentais portuguesas, com crianças em idade pré-escolar, um instrumento amplamente utilizado pela investigação (anglo-saxónica) na área da parentalidade. Para isso, foi realizada uma análise fatorial confirmatória, no contexto dos modelos de equações estruturais, sendo este o primeiro estudo sobre este instrumento que reporta o recurso a esta abordagem.

Os resultados obtidos permitem suportar a estrutura unifatorial do QPP (Palkovitz, 1984) para as respostas do pai, com índices de ajustamento que sustentam a boa qualidade do modelo e, ainda, com valores que reforçam a sua fiabilidade. Contudo, 3 itens (4, 10, 13) da escala original foram retirados por apresentarem fracas propriedades psicométricas. Para as respostas dadas pelas mães, apenas um modelo bifatorial se mostrou adequado aos dados. Estes resultados sugerem que as atitudes e crenças sobre a parentalidade de pais e mães poderão ter estruturas diferentes. Nesta amostra, as mães portuguesas distinguem atitudes face ao papel do pai consideradas “modernas” (e.g., a importância do pai no desenvolvimento da criança), das “tradicionais” (e.g., as mães são cuidadoras mais sensíveis do que os pais) baseadas nos estereótipos de género. Assim, os diferentes resultados obtidos nos dois membros do casal demostram que a estrutura fatorial não pode ser replicada diretamente no género masculino e feminino.

Na análise das variáveis sociodemográficas, salientam-se as associações positivas e significativas entre as respostas do pai ao QPP e a idade de pais e mães, indo ao encontro da ideia de que pais que vivenciam uma paternidade mais tardia parecem estar mais disponíveis psicologicamente, mais envolvidos, e tendem a sentir-se mais gratificados no seu papel de pai (Palkovitz, 2002).

Os dados reforçam, ainda, a importância de se analisar tanto as crenças e atitudes dos pais, como as das mães, sobre o papel do homem na área dos cuidados e educação da criança (McBrian et al., 2005; Monteiro et al., 2010; Schoppe-Sullivan et al., 2008). Em particular, quando se procura compreender a diversidade no tipo, quantidade e qualidade de envolvimento e do seu impacto no desenvolvimento de crianças e jovens (e.g., Lamb & Lewis, 2010; Torres, Veríssimo, Monteiro, Santos, & Pessoa e Costa, 2013).

Este é um dos diversos instrumentos na área da parentalidade que visa contribuir de um modo rigoroso para a análise e compreensão do que é ser pai. No entanto, os resultados reportados deverão ser replicados numa amostra de dimensão superior e com caraterísticas socioeconómicas e geográficas mais heterogéneas, no sentido de se confirmar a estrutura encontrada para o QPP, respondido por pais e mães. Apesar dos enormes progressos realizados no estudo da paternidade (ver Lamb, 2010) muito do que continuamos a saber provém da investigação desenvolvida com base no modelo materno, ou de outros contextos socioculturais distintos do nosso país. Este estudo procurou ser um contributo no sentido de preencher essa lacuna.

 

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CORRESPONDÊNCIA

A correspondência relativa a este artigo deverá ser enviada para: Lígia Monteiro, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, Av. das Forças Armadas, 1649-026 Lisboa. E-mail: lmsmo@iscte.pt

 

Financiado em parte pela F.C.T (PIHM/GC/0008/2008, SFRH/BPD/77199/2011) e pela Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género.

 

Submissão: 22/12/2014 Aceitação: 11/02/2015

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