SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.27 número3O pensar: Suas (im)possibilidades em sujeitos com fibrose quística, através do Rorschach índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Análise Psicológica

versão impressa ISSN 0870-8231

Aná. Psicológica v.27 n.3 Lisboa jul. 2009

 

Nota de Abertura

Desde 1994 que não publicávamos nenhum número temático sobre metodologia projectiva, área que ocupa, no ISPA, um campo bastante vasto, quer no plano curricular, quer no domínio da investigação clínica.

O que trazemos hoje como proposta, apenas cobre e exemplifica aquilo que de mais significativo se tem produzido, e se continua a produzir, no ISPA em matéria de investigação, que, em termos genéricos, se pode agrupar a dois níveis: um que se refere à investigação sobre as técnicas projectivas, com um claro predomínio do Rorschach; um outro que se refere à investigação sobre grandes e complexas áreas temáticas de interesse para a clínica – adolescência, patologia limite...

Se nos detivermos um pouco mais sobre estes dois domínios da investigação e da clínica projectiva, podemos encontrar, nas dezenas largas de teses produzidas até agora, uma marca que se foi criando e construindo laboriosamente e que encontra o seu carácter inovador e original no facto de se terem constituído como contributos valiosos nos domínios da teoria e do método Rorschach, essencialmente, mas também da teoria e do método das provas temáticas e do jogo. No mais substantivo dos trabalhos produzidos, dos quais aqui trazemos uma pequena mostra, foram sendo criados novos procedimentos de análise, que tornam estas provas sensíveis a novos modelos teóricos e a novos conceitos que existem bem para além da habitual inscrição destas provas nas lógicas do diagnóstico diferencial.

Estes trabalhos vêm mostrar como é que se podem constituir novas a alargadas concepções e usos sobre uma matéria tantas vezes vista como imutável: os métodos de observação e avaliação psicológicos. Mais do que produzir dados empíricos, a preocupação centra-se no revisitar e renovar os métodos de forma a aproximar as concepções de sujeito psicológico e de processos psíquicos dos métodos usados para os captar, sendo fundamental constituir entre uns e outros uma lógica de coerência e convergência.

Maria Emília Marques

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons