18 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Análise Psicológica

 ISSN 0870-8231

     

 

Papel do auto-conceito de competência cognitiva e da auto-aprendizagem no contexto sócio-laboral

 

Luísa Faria (*)

Paulo Rurato (**)

Nelson Lima Santos (***)

 

RESUMO

Este trabalho tem como objectivos investigar a competência de auto-aprendizagem no contexto sócio-laboral, questionando a sua relação com a Educação e Formação Profissional de Adultos e relacionando-a com variáveis afins, nomeadamente com o auto-conceito de competência cognitiva, enquanto suporte do desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade de cada um face à aprendizagem.

Para cumprir tais objectivos, desenvolveu-se um estudo empírico no contexto de uma Empresa do Norte de Portugal, com uma amostra de 503 trabalhadores, com características diversificadas.

Os resultados de estudos correlacionais permitem afirmar que subjacente a uma melhor competência de auto-aprendizagem, está um auto-conceito de competência cognitiva mais positivo, facilitador da aprendizagem activa. Os resultados dos estudos diferenciais confirmam duas das hipóteses de trabalho, que previam manifestações diferenciadas no auto-conceito de competência cognitiva e na auto-aprendizagem, em função de variáveis individuais, organizacionais e sócio-organizacionais, sendo discutidas à luz de uma nova concepção da formação mais orientada para a aprendizagem e mais centrada na promoção da autonomia, responsabilidade e eficácia do adulto-aprendiz.

Palavras-chave: Auto-aprendizagem, auto-conceito de competência, educação de adultos, formação.

 

ABSTRACT

This work aims to study the self-learning competence in socio-labour context, and to discuss its relation with Adult Education and Training, as well as with related variables, namely with intellectual self-concept as a support for the development of autonomy and responsibility towards learning.

In order to pursue such aims, we developed an empirical study in the context of a Company from Northern Portugal, with a sample of 503 workers, with different characteristics.

The results of correlational studies show that a better self-learning competence is related to a more positive intellectual self-concept as a promoter of active learning. The results of the differential studies confirmed two of our hypotheses, that anticipated different manifestations of intellectual self-concept and of self-learning, as a function of individual, organisational and socio-organisational variables, that are discussed considering a new conception of training focus on learning and on the development of workers-learners autonomy, responsibility and efficiency.

Key words: Self-learning, competence self-concept, adult education, training.

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brockett, R. G., & Hiemstra, R. (1993). El aprendizaje autodirigido en la educación de adultos: Perspectivas teóricas, prácticas y de investigación. Barcelona: Ediciones Paidos.         [ Links ]

Caffarella, R. S. (1993). Self-directed learning. In Sharan B. Merriam (Ed.), New directions for adult and continuing education n.º 57 - An update on adult learning theory (pp. 25-35). San Francisco: Jossey-Bass Publishers.

Clark, M. C. (1993). Transformational learning. In Sharan B. Merriam (Ed.), New directions for adult and continuing education n.º 57 - An update on adult learning theory (pp. 47-56). San Francisco: Jossey-Bass Publishers.

Comissão Europeia (1994). Livro Branco - Crescimento, competitividade, emprego: Os desafios e as pistas para entrar no séc. XXI. Luxemburgo: SPOCE.

Comissão Europeia (1996). Rapport de la commission - L'emploi en Europe. Luxemburgo: SPOCE.

Faria, L., & Lima Santos, N. (1998). Escala de avaliação do auto-conceito de competência: Estudos de validação no contexto universitário. Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación, 3 (2), 175-184.

Ferreira, J. A., Medeiros, M. T., & Pinheiro, M. R. (1997). A teoria de Chickering e o estudante do Ensino Superior. Revista Portuguesa de Pedagogia, 31 (1/2/3), 139-164.

Knowles, M. S. (1980). The modern practice of adult education: From pedagogy to andragogy. Cambridge: Englewood Cliffs.

Knowles, M. S., Holton III, E. F., & Swanson, R. A. (1998). The adult learner: The definitive classic in adult education and resource development (5th Edition). Houston, Texas: Gulf Publishing Co.

Lima, M. M., Simões, A., & Tavares, J. (1997). Percepção de capacidade para aprender ao longo do ciclo de vida - O caso dos adultos e idosos. Revista Portuguesa de Pedagogia, 31 (1/2/3), 19-34.

Lima Santos, N. (1995). Gestão de recursos humanos: novas tecnologias e competitividade. Revista Fundição, 200, 23-26.

Lima Santos, N. (1998). Escala de avaliação da competência de auto-aprendizagem. Porto: Edição do autor.

Lima Santos, N., & Faria, L. (1999). O contexto universitário e a promoção do auto-conceito de competência. Revista da Universidade Fernando Pessoa, 4, 175-188.

Merriam, S. (1993). Adult learning: Where have we come from? Where are we headed?. In Sharan B. Merriam (Ed.), New directions for adult and continuing education n.º 57 - An update on adult learning theory (pp. 5-14). San Francisco: Jossey-Bass Publishers.

Nyhan, B. (1996). Desenvolver a capacidade de aprendizagem das pessoas: Perspectivas europeias sobre a competência de auto-aprendizagem e mudança tecnológica. Caldas da Rainha: Eurotecnet.

OCDE (1996a). Making lifelong learning a reality for all. Edição Electrónica disponível em: www.oecd.org.

OCDE (1996b). Prepared for life? Prêts pour l'avenir. Centre pour la Recherche et Innovation dans L'Enseignement.

Oliveira, A. L. (1997). Autodirecção na aprendizagem: A actualidade de um constructo. Revista Portuguesa de Pedagogia, 31 (1/2/3), 35-57.

Pratt, D. D. (1993). Andragogy after twenty-five years. In Sharan B. Merriam (Ed.), New directions for adult and continuing education n.º 57 - An update on adult learning theory (pp. 15-23). San Francisco: Jossey-Bass Publishers.

Rodrigues, M. J. (1991). Competitividade e recursos humanos: Dilemas de Portugal na construção europeia. Lisboa: Publicações Dom Quixote, Lda..

Rurato, P. (1999). Auto-aprendizagem, auto-conceito de competência cognitiva e educação e formação de adultos: Estudo numa empresa do Norte de Portugal. Tese de Mestrado em Políticas de Desenvolvimento de Recursos Humanos no ISCTE. Lisboa: Edição do Autor.

Rurato, P., & Lima Santos, N. (1999). Tecnologias de informação: Novas formas de trabalho, novas competências e inserção social. Revista da Universidade Fernando Pessoa, 3, 121-138.

Teixeira, C. (1996). Organização do trabalho e factor humano - De instrumento a actor. Lisboa: IEFP.

 

(*) Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre, 1055, 4169-004 Porto, E-mail: lfaria@psi.up.pt

(**) Universidade Fernando Pessoa - Porto, Praça 9 de Abril, 349, 4249-004 Porto, E-mail: prurato@ufp.pt

(***) Universidade Fernando Pessoa - Porto, Praça 9 de Abril, 349, 4249-004 Porto, E-mail: limasantos@ufp.pt

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License