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Análise Psicológica

versão impressa ISSN 0870-8231

Aná. Psicológica v.18 n.2 Lisboa jun. 2000

 

A desinstitucionalização e as alternativas habitacionais ao dispor de indivíduos com perturbações mentais: Um novo modelo habitacional - A habitação apoiada

 

Susana G. S. Maria (*)

Fernando M. V. De Sousa (**)

 

RESUMO

Desde o início do processo de desinstitucionalização que este se tem vindo a deparar com dificuldades. Passando pelos poucos recursos ao dispor dos serviços de saúde mental, à tendência para trabalhar com os elementos que apresentam maiores probabilidades de sucesso, à não articulação entre os serviços hospitalares e os centros comunitários de saúde mental, até à falta de investimentos em alternativas habitacionais de carácter permanente. Estas têm sido algumas das situações a que os consumidores de serviços de saúde mental se têm sujeitado.

Actualmente, assistimos à emergência de um paradigma que assenta na crença de que se deverá prestar apoio a estes consumidores numa casa tipicamente normal, com uma vivência na comunidade, em que o apoio é disponibilizado consoante as necessidades de cada indivíduo sem que exista uma limitação temporal à sua prestação. Torna-se assim necessário criar novos papéis para os técnicos, no sentido de que estes ajudem os consumidores a escolher, a obter, e a manter uma habitação. É pois urgente o desenvolvimento de um conjunto diversificado de alternativas habitacionais que se baseiem nos recursos e capacidades das comunidades locais, no sentido de garantir que o processo de desinstitucionalização se conclua com sucesso.

Palavras-chave: desinstitucionalização, habitação apoiada, satisfação dos consumidores, doença mental.

 

ABSTRACT

Since its beginning the deinstitutionalization process has faced some difficulties, such as the mental health services lack of resources, the trend to work with the individual who presents higher probability of success, the lack of articulation between hospital services and community mental health centers, and the lack of investments on accommodations for long periods of time. These are some of the situations that consumers of mental health services have endured.

Nowadays we witness the emerging of a paradigm which lies on the idea that these consumers need to be supported at a ordinary house, living in community, where the support is provided according to each person's needs, and without a time limit. This paradigm also creates a need for the professionals to find new roles so that they will be able to help the consumers to choose, get, and keep a home. To ensure the success of deinstitutionalization it is vital that the establishment of different alternatives of accommodation be based on communities' resources and capabilities.

Key words: deinstitutionalization, supported housing, consumer satisfaction, mental illness

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

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(*) Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa, sgmaria@yahoo.com

(**) Fundação António Silva Leal, Apartado 824, 8000-080 Faro, fmvsousa@mail.telepac.pt

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