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vol.16 número2∫1. Novarum Flora Lusitana Commentarii In memoriam A.R. Pinto da Silva (1912 - 1992): Klasea legionensis (Lacaita) Holub (Asteraceae) en Portugal∫1. Novarum Flora Lusitana Commentarii In memoriam A.R. Pinto da Silva (1912 - 1992): Apium inundatum (L.) Rchb. fil., sua corologia em Portugal em adição à Flora iberica X índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
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Silva Lusitana

versão impressa ISSN 0870-6352

Silva Lus. v.16 n.2 Lisboa dez. 2008

 

∫1. Novarum Flora Lusitana Commentarii

In memoriam A.R. Pinto da Silva

(1912 – 1992).

 

Ulmus glabra Huds. na Serra do Açor: Nova Área de Distribuição em Portugal Continental

 

Estevão Portela-Pereira 1, Tiago Monteiro-Henriques 2, Carlos Neto 3, José Carlos Costa 4

 

A área de distribuição da Ulmus glabra Huds. foi recentemente alargada com a inventariação deste taxon para as Serras das Meadas (Montemuro) e S. Macário, nos concelhos de Lamego e São Pedro do Sul, respectivamente, por Monteiro-Henriques et al. (2005) [Monteiro-Henriques, T., A. Bellu & J.C. Costa – Ulmus glabra Huds., nova área de distribuição em Portugal Continental, Silva Lusitana 13(2): 269]. Antes ainda, Honrado et al. (2002) [Honrado, J.P., H.N. Alves & F.B. Caldas - Ten new syntaxa from the Miniensean biogeographic subsector (northwestern Portugal), Silva Lusitana 10(2): 247-259] descreveram este taxon como espontâneo em vales encaixados nas serras dos concelhos de Ponte de Lima e de Terras de Bouro, no NW de Portugal.

 

Até 2005 era esta a distribuição dada na bibliografia para a Ulmus glabra em Portugal continental. Entretanto, foi por nós encontrada uma nova localização, na Mata da Margaraça em plena Serra do Açor (concelho de Arganil), prolongando assim para sul a área de distribuição desta espécie.

 

De acordo com os referidos autores, a sinecologia deste taxon, também por nós confirmada, são bosques mesotróficos, em coluviossolos profundos, maioritariamente derivados de xistos, em vales frescos e encaixados dos quais são exemplo os bosques de carvalho-alvarinho da Hyperico androsaemi-Quercetum roboris J. Honrado, I. Rocha, P. Alves, F.B. Caldas in Honrado, Alves, Nepomuceno & Caldas 2002.

Por conseguinte, a área de distribuição conhecida da Ulmus glabra em Portugal Continental ocorre não só na região Eurossiberiana (subprovíncia Cantabro-Atlântica, sector Galaico-Português, distritos Limiano-Altotamegano e Montemuro-Caramulo) em bioclima meso a supratemperado húmido a hiper-húmido, mas também na região Mediterrânica, subregião Mediterrânica Ocidental, província Mediterrânica-Iberoatlântica, sector Beirense Litoral, distrito Lousã-Açor-Alva em bioclima mesomediterrânico com ombrótipo húmido sensu Rivas-Martínez (2007) [Rivas-Martínez, S. - Mapa de series, geoseries y geopermaseries de vegetación de España – Memoria del Mapa de Vegetación Potencial de España. Parte 1. Itinera Geobotanica 17: 1-436].

 

1 Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, estevao@fl.ul.pt

2 Departamento de Protecção de Plantas e Fitoecologia, Instituto Superior de Agronomia tmh@isa.utl.pt

3 Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, carlosneto@fl.ul.pt

4 Departamento de Protecção de Plantas e Fitoecologia, Instituto Superior de Agronomia, jccosta@fl.ul.pt