SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.16 númeroESPECIALDesenvolvimento e Exploração de um Modelo de Dados Espaciais para Ordenamento FlorestalAvaliação do Potencial de Actividades em Sistemas de Uso Múltiplo: Aptidão Forrageira índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Silva Lusitana

versão impressa ISSN 0870-6352

Silva Lus. v.16 n.Especial Lisboa jun. 2008

 

Definição de Zonas de Aptidão para Espécies Florestais com Base em Características Edafo-Climáticas

 

Susana Saraiva Dias*, Alfredo Gonçalves Ferreira**, Ana Cristina Gonçalves***

*Equiparada a Professora Adjunta

ICAM. Instituto Politécnico de Portalegre. Escola Superior Agrária de Elvas, Apartado 254, 7350-903 ELVAS

**Professor Catedrático

***Professor Auxiliar

ICAM. Universidade de Évora. Departamento de Engenharia Rural, Apartado 94, 7002-554 ÉVORA

 

Sumário. As características ecológico-culturais das espécies florestais dão indicações acerca da sua adaptabilidade às diferentes condições edafo-climáticas. Na silvicultura clássica a aptidão é definida pela classe de qualidade, o que pressupõe a existência de povoamentos florestais. A metodologia apresentada neste artigo tem como objectivo a delimitação de áreas de aptidão, para diferentes espécies, em função das suas características ecológico-culturais e das características edafo‑climáticas da área, podendo pois ser utilizada independentemente da presença de formações florestais. A definição de áreas homogéneas de aptidão potencial permite uma caracterização e avaliação detalhadas em termos de aptidão biofísica, contribuindo decisivamente para o processo de tomada de decisão. Por outro lado, os processos de análise espacial implementados constituem um contributo inovador numa perspectiva de avaliação biofísica de cenários de aptidão florestal e de operacionalização efectiva de um vasto conjunto de informação com um elevado nível de detalhe geográfico. Neste trabalho foram calculadas as áreas de aptidão potencial para as cinco espécies mais representativas, em termos de área para o Alto Alentejo, nomeadamente o sobreiro, a azinheira, o pinheiro manso, o pinheiro bravo e o eucalipto.

Palavras-chave: aptidão potencial; espécies florestais; SIG; classe de qualidade

 

Definition of Aptitude Areas for Forest Species as a Function of Edapho-Climatic Characteristics

Abstract. The species ecological-cultural characteristics give indications of their adaptability for different edafo-climatic conditions. In classical silviculture, aptitude is defined by the site quality index, according to the forest stands. The methodology presented in this article has the main goal of defining the aptitude areas, for different species, only as a function of the ecologico-cultural characteristics of the species and the edafo-climatic characteristics of the site, enhancing its use independently of the presence of forest stands. The definition of potential aptitude areas allows the detailed characterisation and evaluation, in terms of biophysical aptitude, giving an important contribution to the process of decision making. On the other hand, the implemented spatial analysis processes constitute an innovative contribution, in a perspective of biophysical evaluation of forest aptitude scenarios and of effective operationalisation of a wide set of information with an high level of geographical detail. In this paper the areas of potential aptitude were calculated for the five most representative species, in terms of area, for Alto Alentejo, namely cork oak, holm oak, umbrella pine, maritime pine and eucalyptus.

Key words: potential aptitude; forest species; GIS; site quality index

Définition de Zones d'Aptitude pour des Essences Forestières en Fonction des Caractéristiques Édapho-Climatiques

Résumé. Les caractéristiques écologique–culturales des essences forestières donnent des indications sur leur adaptabilité aux différentes conditions édapho-climatiques. Dans la sylviculture classique l'aptitude est définie par la classe de qualité, assumant l'existence de peuplements forestiers. La méthodologie présentée dans cet article a pour objectif la délimitation d’un zonnement d'aptitude, pour différentes essences, en fonction de leurs caractéristiques écologico - culturelles et des caractéristiques édapho-climatiques de la zone, pouvant donc être utilisé indépendamment de la présence de formations forestières. La définition des zones homogènes d'aptitude potentielle permet une caractérisation et une évaluation détaillées dans une perspective d'aptitude biophysique, contribuant décisivement à la procédure de prise de décision. D'autre part, les processus d'analyse spatiale mis en oeuvre constituent une contribution innovatrice dans une perspective d'évaluation biophysique de scénarios d'aptitude forestière et d'opérationnalisation effective d'un vaste ensemble d'informations avec un grand niveau de détail géographique. Dans ce travail on a déterminé les zones d'aptitude potentielle pour les cinq essences les plus représentatives, dans le Alto Alentejo, notamment le chêne-liège, le chêne vert, le pin parasol, le pin maritime et l'eucalyptus.

Mots clés: aptitude potentielle; essences forestières; SIG; classe de qualité

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

Bibliografia

ALBUQUERQUE, J.P.M., 1954. Carta ecológica de Portugal. Ministério da Economia, Direcção Geral dos Serviços Agrícolas, Repartição de Estudos, Informação e Propaganda. Lisboa, 58 pp.        [ Links ]

ALBUQUERQUE, J.P.M., 2003. Carta ecológica. Atlas do Ambiente. 2003, [online], Instituto do Ambiente (DGA) [disponível na Internet via WWW.URL: http://www.iambiente.pt/atlas/est/index.jsp?zona= continente&grupo=&tema=c_cecologica], Arquivo capturado em 17 de Maio de 2004.

ALVES, A.A.M., 1988. Técnicas de produção florestal. 2ª Edição. INIC, 331 pp.

ASSMANN, E., 1970. The principles of forest yield study. Pergamon Press. (trad. por Sabine H. Gardiner).

CARDOSO, J.C., 1965. Os solos de Portugal. Sua classificação, caracterização e génese. 1- A Sul do rio Tejo. Lisboa.

CORREIA, A.V., OLIVEIRA, A.C., 1999. Principais espécies florestais com interesse para Portugal: zonas de influência mediterrânica. Direcção-Geral das Florestas.

FERREIRA, A.G., GONÇALVES, A.C., PINHEIRO, A.C., GOMES, C.P., ILHÉU; M., NEVES, N., RIBEIRO, N., SANTOS, P., 2001. Plano específico de ordenamento florestal para o Alentejo. Alfredo Gonçalves Ferreira e Ana Cristina Gonçalves (Eds.). Universidade de Évora, 200 pp+anexos.

FERREIRA, A.G., GONÇALVES, A.C., JÚLIO, C., DIAS, S.S., PINHEIRO, A.C., D'ABREU, A.C., NEVES, N., AFONSO, T., 2006a. Base de ordenamento florestal. Volume I – Alto Alentejo. Universidade de Évora, 219 pp+anexos+CD.

FERREIRA, A.G., GONÇALVES, A.C., JÚLIO, C., DIAS, S.S., PINHEIRO, A.C., D'ABREU, A.C., NEVES, N., AFONSO, T., 2006b. Base de ordenamento florestal. Volume II – Alentejo Central. Universidade de Évora, 223 pp. +anexos+CD.

FERREIRA, A.G., GONÇALVES, A.C., JÚLIO, C., DIAS, S.S., PINHEIRO, A.C., D'ABREU, A.C., NEVES, N., AFONSO, T., 2006c. Base de ordenamento florestal. Volume III – Alentejo Litoral. Universidade de Évora, 217 pp. +anexos+CD.

GOMES, A.M.A., 1969. Fomento da Arborização nos Terrenos Particulares. Fundação Calouste Gulbenkian.

LOURO, G., MARQUES, H., SALINAS, F., 2000. Elementos de apoio à elaboração de projectos florestais. Direcção-Geral das Florestas. Estudos e Informação nº 320.

LOUW, J.H., SCHOLES, M.C., 2006. Site index functions using site descriptors for Pinus patula plantations in South Africa. Forest Ecology and Management 225: 94–103 pp.

OLIVEIRA, A.C., 1984. Teoria da produção florestal. 2ª Edição. CEF, 531pp.

OLIVER, C.D., LARSON, B.C., 1996. Forest stand dynamics. Update editions. John Wiley & Sons, Inc. 519 pp.

RICHARDSON, B., SKINNER, M.F., WEST, G., 1999. The role of forest productivity in defining the sustainability of plantation forests in New Zealand. Forest Ecology and Management 122: 125-137.

SCHOENHOLTZ, S.H., MIEGROET, H. VAN, BURGER, J.A., 2000. A review of chemical and physical properties as indicators of forest soil quality: challenges and opportunities. Forest Ecology and Management 138: 335-356.

SMITH, D.M., LARSON, B.C., KELTY, M.J., ASHTON, P.M.S., 1997. The practice of silviculture. Applied forest ecology. 9th Edition. John Wiley & Sons, Inc. 537 pp.

 

* E-mail: sdias@esaelvas.pt