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Revista Diacrítica

versão impressa ISSN 0807-8967

Diacrítica vol.27 no.2 Braga  2013

 

Nota introdutória

 

No dia 9 de Novembro de 2012, integrado no Colóquio de Outono do Centro de Estudos Humanísticos, realizou-se um simpósio sobre o livro Futuro Indefinido: Ensaios de Filosofia Política (Braga, Edições Húmus/Centro de Estudos Humanísticos, 2012), de João Cardoso Rosas. Nas páginas que se seguem surgem as versões escritas das principais intervenções aí ocorridas.

Na obra em causa, o autor começa por apresentar, logo no primeiro capítulo, uma concepção específica de Filosofia Política que se pode caracterizar, basicamente, como “anti-essencialista” e aproximada de autores como Karl Popper e John Rawls, entre outros. No capítulo em causa, essa concepção é distinguida de visões alternativas no panorama contemporâneo, assim como sistematicamente descrita enquanto modalidade de reflexão prática sobre as sociedades em que vivemos, mas voltada para o muito longo prazo (um “futuro” sem definição prévia).

Nos capítulos subsequentes do livro, esta forma de fazer Filosofia Política é ilustrada mediante análises críticas de conceitos políticos centrais no pensamento actual, como os de justiça social, igualdade de oportunidades, liberdade, democracia, liberalismo, etc. As análises que esses diferentes capítulos ou ensaios providenciam permitem também ao autor ilustrar uma ideia geral complementar à da tese exposta no primeiro capítulo, a saber: a da aceitação da fundamental “contestabilidade” dos conceitos políticos (eles são contestáveis “all the way down”, como diria Isaiah Berlin). No entanto, esta ideia não é aqui associada a qualquer tipo de cepticismo epistemológico, mas antes à necessidade e possibilidade de uma discussão racional e razoável numa sociedade aberta e pluralista.

Neste Simpósio, a concepção de Filosofia Política defendida por João Cardoso Rosas é criticada por Giuseppe Ballacci. Seguidamente, outros críticos incidem sobre temas mais específicos: Roberto Merrill sobre a igualdade de oportunidades, Maria João Cabrita sobre a liberdade e Marta Nunes da Costa sobre democracia. No final, o autor do livro responde aos críticos.

O editor