EDITORIAL

 

Editorial

 

 

Margarida Queirós¹

¹Diretora da Revista Finisterra. E-mail: margaridav@campus.ul.pt  

 

 

A Finisterra assinalou 50 anos de atividade ininterrupta com a publicação do nº 100 em Dezembro de 2015. a partir do presente ano passará a editar três números anuais, iniciando-se esta nova fase com a publicação deste número 101.

A direção e a comissão executiva da Finisterra também se renovaram, contando com um grupo de investigadores(as) doutorados(as) nas várias áreas científicas da Geografia. Estes(as) conhecem o processo de publicação da produção científica segundo os mais elevados critérios de exigência nos planos internacional e nacional, bem como estão familiarizados(as) com a componente de edição digital, dando vantagem competitiva à Finisterra que (sem descurar a edição em papel) procura um melhor posicionamento no mundo editorial online.

Esta mudança acontece num contexto em que novos desafios se colocam à Geografia nas próximas décadas. O mundo digital, interativo, e em acesso aberto, ao qual a Finisterra aderiu, permitiu que a investigação académica publicada se tornasse imediatamente acessível a uma comunidade de leitores alargada e cada vez mais internacional. E num mundo global “novas” geografias estão igualmente a emergir, onde inovações na geração, no processamento, na circulação e na disseminação de dados geoespaciais, exigem uma renovação de conceitos e de metodologias na investigação geográfica. Mas também se geraram oportunidades para colaboração académica e troca de conhecimento e o estímulo contemporâneo para a interdisciplinaridade é um desafio ao qual a Geografia está adaptada desde há muito.

Reconhecendo que a interdisciplinaridade é fundamental para o avanço do conhecimento, a Finisterra está aberta a manuscritos originais que usem o acesso aberto para partilha de conhecimento, comprometidos com a teoria e a prática geográfica; um conhecimento que procura novas agendas e que cada vez mais emerge de fluxos coletivos que formam as redes de investigação e da prática profissional.

As submissões de originais são sujeitas a uma avaliação editorial e por pares, com garantia de anonimato dos autores e revisores, fundamental para assegurar a divulgação da investigação de excelência, reconhecida pela presença da revista em diversos índices bibliométricos internacionais. Todos os artigos publicados na Finisterra possuem um DOI (digital object identifier), isto é, uma identificação numérica para cada conteúdo digital. Através do DOI é possível a divulgação de todos os textos online em acesso aberto mesmo antes da sua publicação oficial.

A Finisterra continuará a marcar presença nas redes sociais, incentivando os seu público a discutir os conteúdos que vão sendo publicados, continuando a lançar desafios sobre os artigos editados e a divulgar eventos relacionados com o mundo editorial; terá ainda, a partir de 2016, uma página Web para além de toda a informação já existente e disponível online através do repositório Científico de acesso aberto de Portugal (RCAAP).

A Finisterra procurará assim, nos próximos anos, continuar a ser um espaço fidedigno de geração e amplificação de fluxos de informação e de conhecimento geográfico interdisciplinar, onde naturalmente as dinâmicas e as linguagens da Geografia física e Humana se cruzam na sua unidade e diversidade.

 

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Finisterra commemorated 50 years of uninterrupted activity with the publication of the centennial issue in December 2015. Henceforth the journal will publish 3 issues annually with the current issue marking the beginning of this new phase.

The editorial board of Finisterra has also been renewed, with a group of researchers with PhDs in various scientific fields in geography. They are well acquainted with the scientific publishing process according to the highest international and national requirement criteria and are familiar with digital editing, providing Finisterra with a competitive advantage that (without neglecting the printed issue) will improve its position in the online publishing world.

This change occurs in the context of the new challenges facing geography in the coming decades. The digital, interactive, and open access world, of which Finisterra has become a part, has enabled published academic research to become immediately accessible to an enlarged and increasingly international community of readers. and in a global world “new” geographies are also emerging, where innovations in the generation, processing, circulation and dissemination of geospatial data, require a renewal of concepts and methodologies in geographic research. But this also generates opportunities for academic collaboration, exchange of knowledge and contemporary stimulus for interdisciplinarity a challenge to which geography has long adapted.

Recognizing that interdisciplinarity is crucial to the advancement of knowledge, Finisterra accepts original manuscripts committed to the advancement of geographic theory and practice that use open access to share knowledge; a knowledge that seeks new agendas and increasingly emerges from collective flows and networks of research and professional practice.

The original submissions are subject to editorial evaluation and peer review, with guaranteed anonymity of authors and reviewers. This is essential to ensure the dissemination of research excellence recognized by the journal’s presence in several international bibliometric indices. All articles published in Finisterra are issued with a DOI (digital object identifier) - a numerical identification for digital content. The DOI enables online open access of all scientific articles even before the official publication date.

Finisterra continues to be present in social networks to encourage its readership to discuss the articles that are being published, to launch challenges on the edited articles and disseminate relevant events. From 2016, a web page, in addition to all existing information, will be available online through the Open access scientific repository of Portugal (RCAAP).

In the coming years, Finisterra aims to continue to be a trusted space generating and amplifying flows of information and interdisciplinary geographical knowledge, where naturally the dynamics and languages of both human and physical geography intersect in their unity and diversity.