SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número176Que modelos de socialização escolar e profissional hoje? Entre o esquecimento da história e o optimismo retóricoA escola e a modernidade: o risco da etnicidade, o desafio da pluralidade índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Análise Social

versão impressa ISSN 0003-2573

Anál. Social  n.176 Lisboa out. 2005

 

Escola pública como «arena» política: contexto e ambivalências da socialização política escolar

José Manuel Resende*

Bruno Miguel Dionísio*

 

Este artigo é uma reflexão preliminar em torno de um projecto de investigação em curso, o qual incide na temática da socialização política na escola secundária em Portugal. O texto propõe-se contextualizar a socialização política escolar em função da experiência escolar moderna, do modelo institucional de escola, do papel da crítica e das reformas educativas. Prossegue com o questionamento dos recentes dispositivos criados para a introdução da «educação para a cidadania» no currículo formal. Termina com a problematização do lugar da «educação para a cidadania» no contexto das ambivalências que marcam a experiência estudantil actual.

Palavras-chave: Escolas secundárias, Socialização escolar, Cidadania, Educação, Estudantes, Experiência escolar

 

 

Ecole publique comme «arène» politique: contexte et ambivalences de la socialisation politique scolaire

Cet article est une réflexion préliminaire à propos d’un projet de recherche en cours qui met l’accent sur la thématique de la socialisation politique dans l’école secondaire portugaise. Le texte se propose de contextualiser la socialisation politique scolaire en fonction de l’expérience scolaire moderne, du modèle institutionnel d’école, du rôle de la critique et des réformes éducatives. S’ensuit une mise en question des récents dispositifs créés en vue d’introduire l’«éducation pour la citoyenneté» dans le programme formel. Et il se termine en posant le problème de la place de l’«éducation pour la citoyenneté» dans le contexte des ambivalences qui marquent l’expérience des étudiants de nos jours.

 

 

The state school as a political «arena»: context and ambivalences in political socialization at school

This article is part of a current research project on the topic of political socialization in secondary schools in Portugal. Our aim is to describe the background to political socialization at school in the light of the school experience today, the school as institution, and the role of educational critiques and reforms. The article goes on to question recent mechanisms designed to put «education for citizenship» on the formal curriculum. It concludes by questioning the place of «education for citizenship» in the ambivalent context of student life today.

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

Bibliografia

Abbott, A. (1988), The System of Professions. An Essay on the Division of Expert Labor, Chicago e Londres, The University of Chicago Press.         [ Links ]

Afonso, A. J. (1998), Políticas Educativas e Avaliação Educacional, Braga, Instituto de Educação e Psicologia, Centro de Estudos de Educação e Psicologia, Universidade do Minho.

Barrère, A., e Martuccelli, D. (2000), «La fabrication des individus à l'école», in A. van Zanten (coord.), L'École, l'état des savoirs, Paris, La Découverte, pp. 254-262.

Baudelot, C., e Estabelet, R. (1977), L'école capitaliste en France, Paris, Maspero.

Bertaux, D. (1978), Destinos Pessoais e Estrutura de Classes, Lisboa, Moraes Editores.

Boltanski, L., e Thévenot, L. (1991), De la justification. Les économies de la grandeur, Paris, Gallimard.

Bourdieu, P., e Passeron, J. C. (1970), La reproduction. Élements pour une théorie du système d'enseignement, Paris, Minuit.

Bourdieu, P., e Passeron, J. C. (1985 [1964]), Les héritiers. Les étudiants et la culture, Paris, Minuit.

Bourdieu, P., Passeron, J.-C., e Saint-Martin, M. (1965), «Les étudiants et la langue d'enseignement», in Rapport pédagogique et communication, Paris, Mouton e Co., The Hague, e Ecole Pratique des Hautes Études, pp. 39-69.

Bowles, B., e Gintis, H. (1976), Schooling for Capitalist America, Nova Iorque, Basic Books.

Cabral, M. V. (2000), «O exercício da cidadania política em Portugal», in M. V. Cabral, J. Vala e J. Freire (coords.), Trabalho e Cidadania, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, pp. 123-159.

Candeias, A. (2001), «Processos de construção da alfabetização e da escolaridade: o caso português», in S. Stoer, L. Cortesão e J. Correia (coords.), Transnacionalização da educação. Da crise da educação à «educação» da crise, Porto, Edições Afrontamento, pp. 23-89.

Corcuff, P. (1997), As Novas Sociologias, Sintra, Editora Vral.

Derouet, J.-L. (dir.) (2000), L'école dans plusieurs mondes, Paris, Bruxelas, De Boeck Université, INRP.

Dubet, F. (1994), Sociologie de l'expérience, Paris, Seuil.

Dubet, F., e Martuccelli, D. (1996), «Théories de la socialisation et définitions sociologiques de l'école», in Revue française de sociologie, XXXVII, pp. 511-537.

Dubet, F. (1996), «Des jeunesses et des sociologies. Le cas français», in Sociologie et sociétés, vol. XXVIII, n.º 1, pp. 23-35.

Dubet, F. (2002), Le déclin de l'institution, Paris, Seuil.

Durkheim, E. (1977), A Divisão do Trabalho Social, i e ii vols., Lisboa, Editorial Presença e Livraria Martins Fontes.

Fernandes, A. (1998), «Identidade nacional e cidadania europeia», in M. V. Cabral e J. M. Pais (coords.), Jovens Portugueses de Hoje, Oeiras, Celta, pp. 307-357.

Foucault, M. (1996), Vigiar e Punir. História da violência nas prisões, Petrópolis, Vozes.

Freire, A., e Magalhães, P. (2002), A Abstenção Eleitoral em Portugal, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais.

Galland, O. (1997), Sociologie de la jeunesse, Paris, Armand Colin.

Giddens, A. (2001), Modernidade e Identidade Pessoal, Oeiras, Celta.

Pais, J. M. (1996), «Levantamento bibliográfico de pesquisas sobre a juventude portuguesa — tradições e mudanças (1985-1995)», in Sociologia, Problemas e Práticas, n.º 21, pp. 197--221.

Pureza, J. M., Henriques, A. M., Cibele, C., e Praia, M. (2001), Educação para a Cidadania. Cursos Gerais e Cursos Tecnológicos-2, Lisboa, Ministério da Educação — DES.

Rayou, P. (1998), La cité des lycéens, Paris, L'Harmattan.

Rayou, P. (2001), «Les nouvelles sociabilités des lycéens», Hors série — sciences humaines, n.º 33, pp. 26-29.

Resende, J. M., e Vieira, M. M. (1992), «Subculturas juvenis nas sociedades modernas: os hippies e os yuppies», in Revista Crítica de Ciências Sociais, n.º 35, pp. 131-147.

Resende, J. M. (2003), O Engrandecimento de uma profissão. Os professores do Ensino Secundário Público no Estado Novo, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian/Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Rosas, F. (1994), «O Estado Novo (1926/1974)», in J. Mattoso (dir.), Nova História de Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, vol. 7.

Rosas, F. (2000), «Estado Novo e modernização económica», in F. Rosas, Salazarismo e fomento económico, Lisboa, Notícias Editorial, pp. 20-61.

Singly, F. (2000), «Penser autrement la jeunesse», in Lien social et politiques, n.º 43, pp. 9-21.

Thévenot, L. (1994), «Le régime des familiarités des choses en personnes», in Genèses, n.º 17, pp. 72-101.

Viegas, J. M., e Faria, S. (2004), «A abstenção nas eleições legislativas de 2002», in A. Freire, M. C. Lobo e P. Magalhães (orgs.), Portugal a Votos: as Eleições Legislativas de 2002, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais.

Vieira, M. M. (2003), «Famílias e escolas: processos de construção da democratização escolar», in M. M. Vieira, J. Pintassilgo e B. P. Melo (coords.), Democratização escolar: intenções e apropriações, Lisboa, Centro de Investigação em Educação, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, pp. 75-103.

Vincent, G. (1994), «Forme scolaire et modèle républican», in Guy Vincent (dir.), L'éducation prisonnière de la forme scolaire?, Lyon, Presses Universitaires de Lyon, pp. 207-227.

Wagner, P. (1996), Liberté et discipline. Les deux crises de la modernité, Paris, Éditions Métailié.

Weber, M. (1993 [1922]), Economia y Sociedad, Madrid, Fondo de Cultura Económica.

Halsey, A. H., Floud, J., e Anderson, C. A. (1961), Education, Economy and Society, Nova Iorque, Free Press.

Illich, I. (1971 [1970]), Une société sans école, Paris, Seuil.

Kaufmann, J.-C. (2004), L'Invention de soi. Une théorie de l'identité, Paris, Armand Colin.

Normand, R. (2003), «Le mouvement de la «school effectiveness» et sa critique dans le monde anglo-saxon», in A. van Haecht (dir.), Sociologie, politique et critique en éducation. Revue de l'Institut de Sociologie, Bruxelas, ULB, pp. 135-166.

 

* Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

 

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons