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Portuguese Journal of Public Health

versão impressa ISSN 2504-3137versão On-line ISSN 2504-3145

Resumo

SANTANA, Rui et al. A procura de serviços de urgência hospitalar: tendências durante o primeiro mês de resposta à COVID-19. Port J Public Health [online]. 2020, vol.38, n.1, pp.23-29. ISSN 2504-3137.  https://doi.org/10.1159/000507764.

Introdução: Desde dezembro 2019 foram reportados mais de 925,000 casos de COVID-19 no mundo, 8,251 dos quais em Portugal até final de março. Estudos anteriores relacionados com a pandemia SARS mostraram uma redução de 80% nos episódios de urgência. Assim, o objetivo deste estudo é analisar a utilização dos serviços de urgência durante o primeiro mês de pandemia, comparando com registos históricos. Métodos: Dados de episódios de urgência de Portugal continental, de janeiro 2014 a março 2020, foram extraídos do Portal da Transparência do SNS e do website de monitorização do SNS. A evolução do número de urgências de março a setembro 2020 foi estimada considerando os dados históricos de janeiro 2014 a fevereiro 2020. A informação de março 2020 foi estimada globalmente, por Administração Regional de Saúde (ARS) e pelo Sistema de Triagem de Manchester (STM). Resultados: Comparando com valores previstos, verificou-se uma redução de 48% no número de episódios de urgência em março 2020. Analisando por ARS, Alentejo registou a menor redução neste número, e curiosamente o Alentejo é também a área com menos casos de COVID-19 em Portugal continental. Na análise por STM, os episódios amarelos registaram a maior redução (50%). Nos episódios urgentes registou-se uma diferença de cerca de 144,000 episódios em março 2020. Discussão: Os resultados deste estudo preliminar estão alinhados à evidencia produzida em estudos de pandemias anteriores. Informação sobre a utilização da urgência e sobre características demográficas e clínicas dos episódios seriam relevantes para analisar esta redução. Conclusão: Verificouse um decréscimo significativo no número de urgências em março 2020, e apesar das causas desta redução não estarem ainda identificadas, é evidente a ligação entre o início da pandemia e a diminuição da procura. Entender este fenómeno é crítico para planear intervenções que evitem morbilidade ou mortes desnecessárias, causadas pelo atraso na ida à urgência.

Palavras-chave : Urgência hospitalar; COVID-19; Portugal.

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