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Portuguese Journal of Public Health

versão impressa ISSN 2504-3137versão On-line ISSN 2504-3145

Resumo

DUARTE, Ana Patrícia  e  MOURO, Carla. Sinto-me seguro a fazê-lo! Prevalência, perceção de risco e motivos para a condução de risco em Portugal. Port J Public Health [online]. 2019, vol.37, n.2-3, pp.82-90. ISSN 2504-3137.  https://doi.org/10.1159/000505998.

Introdução: A sinistralidade rodoviária encontra-se entre as 10 principais causas de morte, constituindo um problema de saúde pública ao nível mundial. A existência de diferenças consistentes nos níveis de sinistralidade rodoviária entre países na União Europeia justifica uma análise aprofundada do problema a nível nacional. Este estudo focou-se na identificação de fatores psicossociais subjacentes à condução de risco que podem ajudar as intervenções a promover práticas de condução mais seguras em Portugal. Mais especificamente, esta pesquisa analisou a prevalência de comportamentos auto-relatados de condução de risco e a sua associação aos riscos percebidos para estabelecer se esta relação difere consoante os comportamentos examinados. Este estudo também analisou os motivos para a adesão a comportamentos de risco. Método: Realizou-se um inquérito telefónico sobre segurança rodoviária a 635 condutores adultos. Os dados sociodemográficos fornecidos pelos respondentes foram utilizados para realizar comparações entre grupos de condutores com base na idade, no género e na frequência de condução. Resultados: As práticas de conduções de risco mais frequentemente reportadas pelos condutores portugueses foram o circular com excesso de velocidade e a não observância de períodos de descanso. Os respondentes avaliaram estas práticas como sendo as menos arriscadas, o que sugere que os condutores minimizam o seu risco pessoal de acidentes rodoviários. Os motivos mais frequentemente mencionados para comportamentos de condução de risco foram o controlo percebido sobre os veículos e as condições da rodovia. Os condutores do género masculino, os mais jovens e os que conduzem todos os dias apresentaram perfis de risco mais elevado. Estes indivíduos reportaram envolver-se mais frequentemente em práticas de risco e percecionam as mesmas como menos arriscadas. Conclusão: Os condutores portugueses reportam envolver-se frequentemente em práticas de condução de risco, que avaliam como tendo um risco moderado, enquanto consideram o seu controlo pessoal sobre as condições de condução como elevado. Este conhecimento contextualizado de fatores que aumentam a probabilidade de condução de risco pode ajudar a facilitar intervenções mais ajustadas ao contexto nacional que reduzam as perceções irrealistas de controlo e de invulnerabilidade, assegurando assim estradas mais seguras.

Palavras-chave : Comportamentos de risco na condução; Perceção de risco; Motivo; Controlo percebido.

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