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Portuguese Journal of Public Health

versão impressa ISSN 2504-3137versão On-line ISSN 2504-3145

Resumo

SOUSA-PINTO, Bernardo; MARTINHO-DIAS, Daniel; ARAUJO, Fernando  e  COSTA-PEREIRA, Altamiro. Será que o perfil académico e científico dos ministros e secretários de estado da saúde europeus importa para um processo de decisão informado?. Port J Public Health [online]. 2019, vol.37, n.2-3, pp.57-65. ISSN 2504-3137.  https://doi.org/10.1159/000503569.

Contexto: O impacto das qualificações académicas dos decisores políticos em saúde não foi ainda amplamente estudado. Objectivos: Avaliar se o perfil académico e científico dos decisores em saúde europeus se relaciona com a qualidade de prestação de cuidados de saúde, bem como com outros índices de desenvolvimento e científicos. Métodos: Efectuámos um levantamento das qualificações académicas e da produção científica dos ministros da saúde e respectivos secretários de estado dos Estadosmembros da União Europeia. Partindo do grau académico mais elevado alcançado, construiu-se um score académico para cada político e calculou-se o score académico médio para cada país. Foram construídos modelos de regressão linear para avaliar associações entre o score académico médio e a percepção pública da qualidade da prestação de cuidados de saúde e outras variáveis de desenvolvimento e científicas. Resultados: Metade dos políticos apresentavam qualificações académicas na área da saúde, seguindo-se economia e gestão (37%), e ciências sociais (35%). Nos últimos 10 anos, 28% dos políticos publicaram em revistas indexadas na Web of ScienceTM, a maioria na área da saúde. O score académico médio dos políticos Europeus em saúde correlaciona-se negativamente quer com a percepção pública da qualidade dos cuidados de saúde prestados (? = –0.473; p = 0.011) quer com o Produto Interno Bruto (PIB) per capita (? = –0.664; p < 0.001) do respectivo país. No modelo de regressão linear múltipla, o PIB per capita demonstrou uma associação negativa independente com o score académico médio (p = 0.038), mas o mesmo não foi observado para a percepção pública da qualidade da prestação de cuidados de saúde (p = 0.722). Conclusões: Embora correlação não implique causalidade, nos países Europeus com PIB per capita mais elevado, os decisores políticos em saúde tendem a apresentar menos qualificações académicas.

Palavras-chave : Europa; Políticas de saúde; Política; Qualidade dos serviços de saúde.

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