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Portuguese Journal of Public Health

versão impressa ISSN 2504-3137versão On-line ISSN 2504-3145

Resumo

BROEIRO-GONCALVES, Paula; NOGUEIRA, Paulo  e  AGUIAR, Pedro. Multimorbilidade e gravidade da doença por grupos etários, em pacientes internados: estudo transversal. Port J Public Health [online]. 2019, vol.37, n.1, pp.1-7. ISSN 2504-3137.  https://doi.org/10.1159/000500119.

Introdução: A relação entre magnitude e gravidade da multimorbilidade, por grupos etários, não está bem estabelecida. Considerando o índice de Charlson como um instrumento de prognóstico para medir a gravidade da multimorbilidade, os objetivos foram caracterizar a magnitude e gravidade da multimorbilidade em pacientes internados em Portugal. Métodos: Estudo transversal, descritivo, com um componente analítico, elaborado a partir de dados exportados da base de dados de Grupos de Diagnósticos Homogéneos de internamentos hospitalares do SNS durante o ano de 2015. O estudo incluiu 22 condições crónicas de saúde: as 15 previstas no índice de Charlson e mais sete (hipertensão, obesidade, dislipidemia, osteoartrose, osteoporose, ansiedade e depressão). A análise bi e multivariada foi realizada através do modelo linear generalizado, considerando a regressão logística binária. Na análise, foi usada a ferramenta IBM SPSS versão 24.0. Resultados: Foram analisadas 800'376 internamentos, das quais 42% (336'398) correspondem a homens. A idade média da amostra foi de 59,8 anos, sendo superior nos homens (62,34 anos) em relação às mulheres (57,95 anos). O número médio de diagnósticos por pessoa foi de 1,6, sendo maior nos homens (1,8). A gravidade da doença também foi maior no sexo masculino. A maior gravidade da doença (Charlson > 5) ocorreu na meia- idade (entre 55 e 74 anos). Por grupos etários, o comportamento do número médio de condições e do índice médio de Charlson sem ajuste para a idade é semelhante. Pelo peso atribuído à idade, o índice de Charlson ajustado à idade mostra uma tendência mais acentuada de elevação após os quarenta anos. A distribuição por faixa etária do índice de Charlson ajustado à idade, categorizada de acordo com os pontos de corte definidos na metodologia (ponto de corte 0 a < 9 o crescimento mais acentuado ocorre aos 65/69 e o pico cerca de 5 anos mais tarde do que para o ponto de corte =9. Após os 90 anos, todas as médias das medidas de multimorbilidade (magnitude e gravidade) sofrem um declínio. Discussão: Os resultados sugerem que a maior gravidade da doença está associada ao sexo masculino e ocorreu na meiaidade. Houve associação entre qualquer medida de multimorbilidade e o índice de Charlson. O comportamento das curvas de multimorbilidade mostrou um declínio nos nonagenários, sugerindo que as pessoas saudáveis vivem mais tempo. Questionando-se se a gravidade da multimorbilidade não é um problema de meia-idade. Como limitações, identificou-se o delineamento transversal e a omissão de informações socioeconómicas, o uso das mesmas condições médicas para medir a magnitude e a gravidade da multimorbilidade. Outros estudos e modelos de análise devem explorar a complexidade do fenomeno da multimorbilidade e seu impacto ao longo da vida.

Palavras-chave : Multimorbilidade; Comorbilidade; Carga de doença; Gravidade da doença.

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