SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.27 número5Enteroscopia flexível: Guideline conjunta dos Grupos de estudos Espanhol e Português de Intestino DelgadoLeiomioma Mixoide Hepático: Um Tumor Muito Raro índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

ORTIGAO, Raquel; PIMENTEL-NUNES, Pedro; DINIS-RIBEIRO, Mário  e  LIBANIO, Diogo. Microbioma gastrointestinal: o que precisamos de saber na prática clínica. GE Port J Gastroenterol [online]. 2020, vol.27, n.5, pp.336-351. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000505036.

A microbiota gastrointestinal desempenha um papel essencial na saúde humana. Quando surge um desequilíbrio entre esta e o hospedeiro, ocorrem alterações na composição e função da microbiota que se designa de disbiose. Fatores ambientais como a dieta, inibidores da bomba de protões e antibióticos podem induzir um estado disbiótico permanente. O esclarecimento destas desregulações foi possível graças a avanços recentes nos métodos de sequenciação genómica que, por sua vez, nos ajudaram a perceber a interação entre a microbiota e distúrbios intestinais e extra-intestinais. Esta revisão foca-se no impacto da microbiota na Doença Inflamatória Intestinal, Cancros gástrico e colorretal, Fígado Gordo Não-Alcoólico (FGNA), Síndroma do Intestino Irritável (SII) e Infeção por Clostridium difficile (ICD). Além disso, resume-se no final as estratégias terapêuticas que têm surgido. O transplante fecal é um tratamento com eficácia estabelecida na infeção recorrente por C. difficile, reunindo um crescente interesse na sua aplicação em outras doenças relacionadas com disbiose. Os pre- e probióticos promovem o reequilíbrio microbiano e têm evidência de efeitos positivos sobretudo no FGNA, Colite Ulcerosa, SII e ICD. Em modelos animais, estes também demonstraram efeitos anti-carcinogénicos promissores. É evidente na literatura uma descrição cada vez mais pormenorizada das alterações microbianas em vários distúrbios disbióticos, oferecendo ferramentas que permitem saber o que pode ser tratado. No entanto, a aplicação de probióticos e transplante fecal na prática clínica sofre ainda de carência de ensaios clínicos randomizados, com regimes terapêuticos standard, em número que permita a sua recomendação formal.

Palavras-chave : Microbiota; Disbiose; Doenças associadas a disbiose; Probióticos; Transplante de microbiota fecal.

        · resumo em Inglês     · texto em Inglês     · Inglês ( pdf )

 

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons