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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

NUNES, Gonçalo et al. Fístula gastrocolocutânea crónica após gastrostomia endoscópica: Que gravidade. GE Port J Gastroenterol [online]. 2019, vol.26, n.6, pp.441-447. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000497248.

A gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) é uma técnica segura, utilizada como acesso para nutrição entérica de longa duração. A maioria dos eventos adversos mais frequentemente associados a esta técnica endoscópica são geralmente de gravidade ligeira. A fístula gastrocolocutânea (FGCC) resulta da transfixação cólica durante o procedimento de PEG. A importância desta complicação não está atualmente definida e nenhum algoritmo terapêutico está validado. Os autores relatam uma série de casos de FGCC diagnosticados e tratados num centro hospitalar terciário. Caso 1: Homem de 88 anos, submetido a PEG por cancro cervicofacial. O procedimento decorreu sem intercorrências e o doente permaneceu assintomático durante o follow-up. Após a primeira substituição do tubo de PEG realizada aos seis meses, constatou-se drenagem de conteúdo fecal pelo estoma. A tomografia computorizada (TC) mostrou uma FGCC. Após a remoção do tubo a fístula encerrou espontaneamente e o doente permaneceu sob nutrição entérica por sonda nasogástrica até ao óbito. Caso 2: Homem de 31 anos com Paraplegia Espástica Hereditária, submetido a PEG sem intercorrências imediatas. O doente permaneceu assintomático e sete meses depois foi realizada substituição do tubo primário de PEG. Sob controlo endoscópico, o tubo inicial foi removido mas o tubo secundário com balão, introduzido através da pele, não foi identificado no lúmen gástrico. A TC mostrou uma FGCC que encerrou espontaneamente após alguns dias. Uma abordagem laparoscópica e endoscópica combinada foi posteriormente utilizada para ressecar os trajetos fistulosos e realizar uma nova gastrostomia. Caso 3: Homem de 45 anos com Paralisia Cerebral, referenciado para PEG. Durante o procedimento a transiluminação da parede abdominal apenas foi observada transitoriamente e a punção realizada com orientação oblíqua. O doente permaneceu assintomático até ao sétimo mês, altura em que foi realizada substituição do tubo primário. O tubo de substituição inserido percutaneamente não atingiu o estômago. Uma FGCC foi observada na TC. A fístula encerrou espontaneamente e o doente foi referenciado para gastrostomia laparoscópica eletiva. A FGCC é uma complicação invulgar da PEG. O seu curso clínico aparenta ser benigno e os doentes permanecem assintomáticos sob nutrição entérica domiciliária por longos períodos até à substituição do tubo primário. O seu encerramento espontâneo é a regra. A gastrostomia laparoscópica deve ser considerada quando uma nova PEG está recomendada e não pode ser efetuada com segurança por interposição cólica.

Palavras-chave : Fístula gastrocolocutânea; Gastrostomia endoscópica; PEG.

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