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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

COSTA, Juliana M. et al. Estudo transversal de avaliação da prática de ecoendoscopia digestiva em Portugal. GE Port J Gastroenterol [online]. 2019, vol.26, n.5, pp.333-345. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000495524.

Introdução: Apesar do crescente número de serviços nacionais a realizar ecoendoscopia digestiva, não existem dados sobre a prática da ecoendoscopia no nosso país. Objetivos: Pretendemos avaliar a prática da ecoendoscopia em Portugal. Métodos: Por e-mail convidámos um elemento de cada dos 26 serviços nacionais de Gastrenterologia que realizam ecoendoscopia a preencher um questionário disponível na plataforma google forms. O questionário esteve disponível via online de setembro de 2017 a fevereiro de 2018 e foi respondido apenas por médicos que realizam ecoendoscopia. Resultados: Obtivemos resposta de 21 dos 26 serviços convidados (80.8%). Em Portugal existe um total de 42 ecoendoscópios. A maioria das unidades possui 1 ecógrafo (81%), 1 ecoendoscópio radial (66.7%), 1 eco endoscópio linear (76.2%), 1 sonda rectal (57.1%) mas não dispõem de mini-sondas (85.7%). 81% dispõem de agulhas de aquisição de core histológico. Em 81% dos serviços existem pelo menos 2 ecoendoscopistas que realizam ecoendoscopia em conjunto em 47.6% dos serviços. Os ecoendoscopistas também realizam ecografia abdominal, ecografia anal e colangiopancreatografia retrógrada endoscópica em 71.4, 66.7 e 42.9% respectivamente. Os serviços têm em média 2.4 ± 1.1 períodos de ecoendoscopia/semana realizando em média 4 ± 1.5 ecoendoscopia/período (499.2 ± 416.8 ecoendoscopias/ano). A avaliação de lesões subepiteliais e bilio-pancreática, assim como o estadiamento de neoplasias do tubo digestivo são as indicações mais frequentes para a realização de ecoendoscopia. O número de punções diagnósticas guiadas por ecoendoscopia varia entre 10 e 160/ano. A maioria dos serviços (60%) dispõe de rapid on-site pathological evaluation (ROSE) que é realizada pelo citopatologista na maioria das vezes (66.7%). A carência de funcionários nas unidades de Anatomia Patológica é o principal motivo para a ausência de ROSE. A preparação do material citopatológico é realizada pelo ecoendoscopista em 25% dos serviços. A secagem ao ar (50%) e o formol (50%) são o método de fixação dos esfregaços e o meio de preservação mais usados, respetivamente. A drenagem de pseudocisto pancreático (66.7%), neurólise do plexo celíaco (52.4%) e necrosectomia pancreática (42.9%) são os procedimentos terapêuticos mais disseminados. Conclusões: Este trabalho fornece os primeiros dados sobre a prática de ecoendoscopia digestiva em Portugal. Existe uma grande variabilidade nos exames diagnósticos e terapêuticos.

Palavras-chave : Endoscopic ultrasound; Echoendoscopy; Portugal; Survey questionnaire.

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