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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

BRANCO, Joana C. et al. Deficiência de vitamina D numa coorte de doentes Portugueses com doença inflamatória intestinal: prevalência e relação com a atividade da doença. GE Port J Gastroenterol [online]. 2019, vol.26, n.3, pp.155-162. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000491611.

Introdução: A deficiência de vitamina D é mais comum na doença inflamatória intestinal (DII) que na população geral. Contudo, existem dados controversos sobre fatores preditivos da deficiência de vitamina D e a potencial associação com a atividade da doença. Os objetivos deste estudo foram determinar a prevalência e fatores preditivos da deficiência de vitamina D e aferir possível associação à atividade da doença. Métodos: Desenhou-se um estudo observacional prospetivo incluindo doentes com DII entre janeiro e julho/2016. Foram consideradas as orientações da The Endocrine Society para definir níveis de 25-hidroxivitamina D (25-OH-D) sérica como: deficientes (< 20 ng/mL, sendo <10 ng/mL deficiência grave [DG]), insuficientes (21-29 ng/mL) e adequados (> 30 ng/mL). Resultados: Foram incluídos 152 doentes (52% homens; 47.2 ± 17.3 anos), dos quais 70% com Doença de Crohn (DC). Do total, 37% estavam medicados com immunossupressores e 17% com biológicos. A maioria (88.2%) estava em ambulatório. O nível sérico de 25-OH-D foi 17.1 ± 8 ng/mL (DC: 16.7 ± 8 ng/mL vs. Colite ulcerosa: 17.6 ± 7 ng/mL, p = 0.1). Verificaram-se níveis inadequados em 90.8% (deficiência: 68.4%; insuficiência: 22.4%). Registou-se correlação negativa significativa entre níveis de 25-OH-D e idade (r = -0.2, p = 0.04), proteína C-reativa (PCR) (r = -0.22, p = 0.004) e índice Harvey-Bradshaw (iHB) (r = -0.32, p = 0.001). Doentes com DG apresentaram níveis mais elevados de PCR (0.6 vs. 1.4 mg/dL, p = 0.03), velocidade de sedimentação (VS) (22 vs. 31 mm/h, p = 0.03) e iHB (2 vs. 5, p < 0.001), e mais baixos de hemoglobina (13.6 vs. 12.7 g/dL, p = 0.02). Não se verificou associação entre deficiência de vitamina D e sexo, tipo, extensão e duração da doença, cirurgia, e outras medidas de atividade da doença como VS, hemoglobina (estas duas exceto para DG), calprotectina fecal ou classificação Truelove e Witts. Conclusões: Registou-se prevalência alta de níveis inadequados de vitamina D na DII, particularmente de deficiência (68.4%). Parece existir associação entre níveis mais baixos de vitamina D e maior atividade da doença, nomeadamente na DC.

Palavras-chave : Doença de Crohn; Atividade da doença; Epidemiologia; Doença inflamatória do intestino; Vitamina D.

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