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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

LOPES, Luís  e  CANENA, Jorge. CPRE em Portugal: Inquérito sobre a profilaxia de pancreatite e estratégias de canulação. GE Port J Gastroenterol [online]. 2019, vol.26, n.1, pp.14-23. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000487150.

Introdução/objetivos: Recentemente a Sociedade Europeia de Endoscopia Digestiva (SEED) publicou recomendações sobre a prevenção de pancreatite pós-CPRE (PPC) e canulação biliar e técnicas de esfincterotomia na CPRE. Não existe informação acerca da prática corrente da CPRE em Portugal, em especial na prevenção da PEP e das técnicas de canulação usadas. Métodos: Questionário escrito distribuído a todos os executantes de CPRE presentes numa reunião nacional. As análises principais pretendidas foram: técnicas usadas para a canulação biliar inicial; uso de AINEs na PPC, tentativa de colocação de próteses pancreáticas após recurso a canulação biliar difícil assistida por fio-guia pancreático; recurso ao précorte e infundibulotomia como técnica de recurso em canulações biliares difíceis. Resultados: Foram recolhidos 28 questionários, num total de 32 especialistas em CPRE autónomos e em actividade presentes na reunião (87.5% de taxa de resposta). A canulação biliar inicial é obtida com recurso a canulação assistida por fio-guia em 77% dos inquiridos, habitualmente usando um esfincterótomo. A técnica de recurso mais utilizada (70%) é o précorte, maioritariamente na forma de infundibulotomia. A utilização rotineira de AINEs é feita apenas por 27% dos inquiridos. A canulação biliar assistida por fio-guia pancreática (FGP) é a primeira opção numa minoria e apenas 27% tentam, rotineiramente, colocar prótese pancreática (PP) após esta manobra. Os endoscopistas com maior volume (> 150/ano) tendem a usar menos frequentemente os AINEs e a inserir uma PP na canulação assistida por FGP (50 vs. 83,3%, p < 0.01 respetivamente). O pré-corte é iniciado sem supervisão e sem treino especial por mais de metade dos endoscopistas. Conclusões: Existe clara discrepância entre as recomendações da SEED e a prática corrente em Portugal. Esta discrepância é mais pronunciada na profilaxia da PPC, especialmente em endoscopistas de maior volume. Algumas técnicas avançadas (précorte) são iniciadas sem supervisão e sem treino prévio. Mensagem chave: Existe clara discrepância entre as recomendações internacionais e a prática clínica diária.

Palavras-chave : CPRE; Portugal; Pancreatite pós-CPRE; Canulação biliar; Pre-corte; Fistulotomia; Indicadores de qualidade; Inquérito.

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