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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

ALVES, Ana Rita; GOMES, Dário; FURTADO, Emanuel  e  TOME, Luís. Eficácia da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica no tratamento de complicações biliares após transplante hepático: 10 anos de experiência de um centro. GE Port J Gastroenterol [online]. 2018, vol.25, n.1, pp.10-17. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000480704.

Introdução: As complicações biliares após transplante hepático são uma fonte importante de morbilidade e mortalidade. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é a primeira opção de tratamento em muitos casos, previamente a procedimentos mais invasivos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da CPRE no tratamento destas complicações. Doentes e métodos: Estudo retrospetivo de todos os doentes submetidos a CPRE terapêutica devido a complicações biliares após transplante hepático, entre setembro de 2005 e setembro de 2015. Resultados: Incluídos 120 doentes submetidos a CPRE terapêutica, sendo 64% do sexo masculino, com idade média de 46 ± 14 anos. Complicações biliares: estenose da anastomose (EA) em 70%, estenose não anastomótica (ENA) em 14%, coledocolitíase em 32% e fuga biliar (FB) em 5,8%. Tempo entre transplante e primeira CPRE (meses): 19 ± 30 nas EA, 17 ± 30 nas ENA, 61 ± 28 na coledocolitíase e 0,7 ± 0,6 na FB (p < 0,001). Número de CPRE por doente: 3,8 ± 2,4 nas EA, 3,8 ± 2,1 nas ENA, 1,9 ± 1 na coledocolitíase e 1,9 ± 0,5 na FB (p = 0,003). Duração do tratamento (meses): 18 ± 19 nas EA, 21 ± 17 nas ENA, 10 ± 10 na coledocolitíase e 4 ± 3 nas FB (p = 0,064). Globalmente, a CPRE terapêutica foi eficaz em 46% dos casos (como procedimento isolado em 43% e por rendez-vous em 3%). Eficácia por complicação: 39% nas EA, 12% nas ENA, 91% na coledocolitíase e 86% nas FB. O tempo médio de follow-up foi de 43 ± 31 meses. Em 48% dos doentes, foi realizada terapêutica por colangiografia percutânea e/ou cirurgia por ineficácia da CPRE. Odds ratio para um tratamento endoscópico eficaz: 0,2 para ENA (0,057-0,815), 12,4 para coledocolitíase (1,535-100,9) e 6.9 para FB (0,798-58,95). Não houve diferenças estatisticamente significativas para a presença de uma EA. Conclusões: A CPRE foi eficaz no tratamento de complicações biliares após transplante hepático em cerca de metade dos casos, evitando outros procedimentos invasivos. O tratamento endoscópico foi particularmente eficaz em casos de coledocolitíase e FB.

Palavras-chave : Transpante hepático; Complicações biliares; Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica; Eficácia terapêutica.

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