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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

LIBANIO, Diogo; BRANDAO, Catarina; PIMENTEL-NUNES, Pedro  e  DINIS-RIBEIRO, Mário. Perfuração Gástrica Contida Associada a Terapêutica Anti-Angiogénica. GE Port J Gastroenterol [online]. 2017, vol.24, n.6, pp.285-287. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000479234.

A terapêutica anti-angiogénica com bevacizumab, um inibidor do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF), é frequentemente utilizada no cancro colo-retal metastático. Associa-se raramente a perfuração gastrointestinal, que é mais frequente no local do tumor primário e na anastomose. Apresentamos o caso de um doente de 64 anos, sexo masculino, com adenocarcinoma do reto estadio IV sob quimioterapia com FOLFOX e bevacizumab. Após o 4° ciclo de quimioterapia, o doente recorreu ao Serviço de Urgência com febre e dor epigástrica; à observação, verificou-se estabilidade hemodinâmica e ausência de sinais de irritação peritoneal. A proteína C-reativa estava marcadamente elevada, não havendo alterações na radiografia simples do abdómen. Realizada TC, que mostrou um espessamento de novo no antro gástrico. A endoscopia digestiva alta realizada mostrou uma lesão ulcerada com 40mm na incisura angular, com um orifício de 20mm comunicando com loca exsudativa revestida  pelo omento. Foi decidida abordagem conservadora que incluiu jejum, antibióticos endovenosos de largo espetro e inibidor da bomba de protões. Posteriormente realizado trânsito gastro-duodenal que não mostrou extravasamento do contraste, permitindo a reintrodução de alimentação oral. A endoscopia de controlo após 8 semanas mostrou encerramento completo da perfuração, não tendo as biopsias revelado alterações neoplásicas ou infeção Helicobacter pylori. Apesar do sucesso da terapêutica conservadora, permitindo continuação de quimioterapia sem bevacizumab, o doente faleceu após 4 meses devido a insuficiência hepática. O caso reportado mostra um achado endoscópico raro, devido a complicação rara da terapêutica anti-angiogénica. Além disso, relembra os clínicos da importância de pesquisar ativamente antecedentes de úlceras gastroduodenais antes do início da terapêutica anti-angiogénica e de que o índice de suspeição de perfuração deve ser elevado em doentes sob esta terapêutica.

Palavras-chave : Úlcera gástrica; Cancro colo-retal; Cancro; Estômago; Tubo digestivo.

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