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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

PITA, Inês; HORTA-VALE, Ana Maria; CARDOSO, Hélder  e  MACEDO, Guilherme. Portadores inativos de hepatite B: uma população negligenciada?. GE Port J Gastroenterol [online]. 2014, vol.21, n.6, pp.241-249. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1016/j.jpge.2014.08.003.

Uma porção significativa dos doentes com infecção crónica pelo vírus da hepatite B (HBV) encontra-se num estado de portador inactivo, caracterizado por níveis normais de transamínases, baixa taxa de replicação vírica e actividade necroinflamatória hepática mínima. O diagnóstico é feito após pelo menos um ano de monitorização periódica e requer vigilância por tempo indeterminado para confirmar que se mantém. O estudo da história natural dos portadores inacitvos é actualmente dificultado pelo número limitado de estudos em doentes correctamente diagnosticados de acordo com as guidelines actuais. Quando corretamente definido, o estado de portador inativo associa-se a um excelente prognóstico dentro do espectro da infecção crónica por HBV, com baixas taxas de reactivação, carcinoma hepatocelular e progressão para cirrose. Além disso, a perda do antigénio de superfície da hepatite B é mais frequente em portadores inativos do que na generalidade da população infetada pelo VHB. A reativação é mais provável durante os primeiros anos de seguimento e após terapêuticas imunossupressoras: deve ser instituída profilaxia antivírica neste segundo caso. As guidelines actuais não recomendam biópsia hepática por rotina em portadores inativos; no entanto, alguns deles podem ter fibrose hepática importante na altura do diagnóstico, não podendo ser classificados como tal; outros podem vir a desenvolvê-la, tendo consequentemente pior prognóstico. Apesar de algumas limitações, a elastografia hepática transitória afigura-se como um método ideal para identificar estes doentes e para a monitorização seriada de alterações hepáticas em todos os portadores inativos. Novos estudos longitudinais em verdadeiros portadores inativos são necessários para estabelecer com maior certeza a melhor estratégia nestes doentes.

Palavras-chave : Hepatite B crónica; Portador.

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