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Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

versão impressa ISSN 1647-2160

Resumo

OLIVEIRA, Sandra; CAROLINO, Luísa  e  PAIVA, Adriana. Programa Saúde Mental Sem Estigma: Efeitos de Estratégias Diretas e Indiretas nas Atitudes Estigmatizantes. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental [online]. 2012, n.8, pp.30-37. ISSN 1647-2160.

Introdução: As abordagens educativas, sustentadas em factos e baseadas na evidência, contribuem para promover a literacia em saúde mental, potenciando a reflexão e a mudança de atitudes. Estas são condições essenciais à desconstrução de crenças negativas associadas às doenças mentais, mas também, ao desenvolvimento de competências de identificação e reconhecimento de fatores de risco e sinais relacionados com determinadas perturbações mentais. A sua ação, porém, parece ser restrita no tempo. Os programas de prevenção e intervenção na área da saúde mental serão, deste modo, tanto mais eficientes se: i) incluírem estratégias que permitam aumentar a Educação e o Contacto, conduzindo a resultados mais positivos, ou seja, promovendo maior conhecimento, confiança e empatia; ii) implementados localmente; iii) dirigidos a grupos específicos, particularmente, adolescentes. A escola é, pois, um local privilegiado e os adolescentes um público-alvo promissor devido à fase de desenvolvimento em que se encontram. Estes representam, ainda, a próxima geração de utilizadores e profissionais de saúde, tornando o seu papel indispensável no que se refere à manutenção ou redução do estigma social. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivos estudar as opiniões de estudantes do ensino secundário acerca das doenças mentais, aumentar os níveis de conhecimento e literacia em saúde mental, diminuir preconceitos e atitudes negativas e, consequentemente promover comportamentos mais inclusivos. Método: Participaram no estudo 843 estudantes, avaliados com a versão portuguesa do Opinions about Mental Illness Scale (OMI) antes e depois da aplicação do Programa de Sensibilização SMS Estigma (Saúde Mental Sem Estigma). Constituíram-se dois grupos: o grupo 1 teve acesso a uma Campanha Anti Estigma e o grupo 2 para além da campanha, participou em Sessões de Educação e Contacto. Resultados e Conclusões: Os resultados demonstram e corroboram a eficácia da combinação de estratégias de Educação e Contacto na redução do estigma associado às doenças mentais. Verificou-se uma diminuição significativa nas atitudes estigmatizantes face à doença mental em ambos os grupos, com resultados mais positivos no grupo 2. Após o Programa de Sensibilização SMS Estigma, os estudantes revelaram, também, mais competências para identificar e reconhecer sinais/sintomas relacionados com problemas de saúde mental, tanto em si próprio, como nos outros. Programas anti estigma, integrados numa estratégia nacional e regional, de caráter permanente e dirigida a diferentes grupos-alvo, poderão contribuir significativamente para diminuir estereótipos, preconceitos e comportamentos de discriminação, tornando-se, pois, fundamental a continuidade deste tipo de intervenções.

Palavras-chave : Estigma; Saúde Mental; Literacia; Adolescentes.

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