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Revista de Gestão Costeira Integrada

versão On-line ISSN 1646-8872

Resumo

VEROCAI, José E.; GOMEZ-ERACHE, Monica; NAGY, Gustavo J.  e  BIDEGAIN, Mario. Sobre extremos climáticos em gestão costeira: o caso do sistema de Rio de la Plata na costa do Uruguai. RGCI [online]. 2015, vol.15, n.1, pp.91-107. ISSN 1646-8872.  https://doi.org/10.5894/rgci555.

Neste artigo analisam-se os extremos de maré meteorológica (elevação do nível do mar de índole meteorológica) na costa uruguaia do sistema de Rio de la Plata (Argentina-Uruguai), um grande (38.000 km2) corpo estuarino com características de micro-maré (<0,5 m). Os extremos estão associados a duas situações sinóticas capazes de aumentar o nível de água acima do nível médio do mar (MSL) em Montevidéu (=102 cm): a passagem de frentes frias e de ciclones extra-tropicais sobre a costa atlântica. A avaliação de riscos costeiros e da redução dos riscos associados a tais eventos pode ser incorporado dentro de Gerenciamento Costeiro (GIZC). Com frequência, as infra-estruturas não cumprem os 250 m legais de afastamento da linha de costa. Assim, os possíveis impactos devidos a inundações relacionadas com a subida do nível do mar (SLR) e com extremos da maré meteorológica têm elevada magnitude. Além disso, há que ter em consideração as cheias fluviais relacionadas com eventos de El Niño, pois que provocam também anomalias positivas do nível de água (> 10 cm). A existência de diferenças na distribuição mensal de ambos (MSL e ocorrência de extremos de maré meteorológica) permite deduzir que tanto o vento como os fluxos fluviais (QRP) permitem explicá-las. Os maiores extremos (= 350 centímetros) registrados em Montevideo ocorreram antes de 1935. A freqüência de eventos =200, 250 e 280 centímetros aumentou ligeiramente no período 2003-2012, o que não é atribuído ao SLR nem ao aumento de fluxos fluviais, mas sim a mudanças no regime de ventos. São apresentados dois eventos extremos (Março de 1998 e Agosto de 2005) que servem para melhorar a nossa compreensão da causalidade e da temporização dos eventos extremos, constituindo bons análogos para o desenvolvimento de cenários num clima em mudança. Alguns impactos são os seguintes: sistemas costeiros de águas pluviais e de esgotos tornam-se inúteis, o que afeta a qualidade das praias, redução da pesca artesanal, e erosão das praias e bares. Entre os vários obstáculos para alcançar uma GIZC abrangente no que diz respeito a eventos extremos é a ausência de uma rede de monitoramento eficaz. Este trabalho tem como objetivo aumentar a conscientização, pesquisa e aplicação do conhecimento de eventos extremos na GIZC e da gestão de riscos perante as inundações e o aumento do nível médio do mar (SLR).

Palavras-chave : nível da água; mare meteorological; fluxo fluvial; adaptação ao clima; ENSO; Montevideo.

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