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Revista de Gestão Costeira Integrada

versão On-line ISSN 1646-8872

Resumo

DE LA CRUZ, Azucena et al. Gestão participativa do turismo em áreas protegidas: Caso de estudo das Terras do Priolo, São Miguel, Azores. RGCI [online]. 2014, vol.14, n.2, pp.289-299. ISSN 1646-8872.  https://doi.org/10.5894/rgci479.

A participação das comunidades e a gestão adaptativa são geralmente consideradas boas práticas para garantir o sucesso a longo prazo das políticas ambientais, mas a sua aplicação prática apresenta alguns desafios. Este artigo apresenta o caso de estudo da aplicação da metodologia da Carta Europeia de Turismo Sustentável (CETS) nas Terras do Priolo (concelhos na área leste da ilha de São Miguel, Açores, Portugal). O processo de planeamento participado decorreu em 2011 e incluiu um diagnóstico, uma estratégia e um plano de ação (2012-2016). Mais de uma centena de pessoas participaram no processo, representando cerca de 50% dos stakeholders identificados. Porém, a participação foi muito superior nas reuniões iniciais de diagnóstico (47%) celebradas em todas as freguesias dos concelhos do que nos Fóruns (15%); apesar de estes últimos serem as reuniões decisoras. Após a conclusão do processo de adesão à ECST, em 2012, criou-se a Marca Priolo, que estimulou e permitiu a adesão das empresas ao processo e que, até a data, abrange 15% das empresas identificadas como stakeholders. Verificou-se ao longo do processo uma redução na participação das instituições locais, pequenos negócios e pessoas a título individual, enquanto que as empresas com maior dimensão relativa continuaram no processo e aderiram à Marca Priolo. O planeamento resultou em 55 ações, das quais 32 da responsabilidade do Governo Regional, 10 do município de Nordeste, 5 de uma ONG nacional, 3 da associação de desenvolvimento rural e 5 de outras entidades. Apesar de serem ainda preliminares, os resultados permitem obter algumas conclusões sobre a aplicação prática deste tipo de processo de planeamento ambiental tais como: a importância de realizar reuniões de proximidade ou por freguesias, a relevância da recolha de informação não formal, a necessidade de encontrar um equilíbrio entre o número de stakeholders que participam no processo e a duração do mesmo; a importância de existir uma entidade facilitadora que conte com a confiança da maioria dos intervenientes e a necessidade de resultados efetivos de modo a não desapontar os participantes.

Palavras-chave : Turismo Sustentável; Metodologias participativas; Sistemas sócio-ecologicos; Governança.

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