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Revista de Gestão Costeira Integrada

versão On-line ISSN 1646-8872

Resumo

QUEIROZ, Rose Emília; VENTURA, Maria Anunciação; GUERREIRO, José Angelo  e  CUNHA, Regina Tristão da. Capacidade de carga de trilhos pedestres inseridos em sítios da rede Natura 2000: um caso de estudo em ilhas do Atlântico Norte (Açores, Portugal). RGCI [online]. 2014, vol.14, n.2, pp.233-242. ISSN 1646-8872.  https://doi.org/10.5894/rgci471.

O turismo vem registando um aumento significativo nos Açores sendo actualmente responsável por 15,2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) regional. Uma vez que um incremento neste sector poderá afectar a qualidade dos habitats naturais do arquipélago, revela-se muito pertinente avaliar a magnitude dessas alterações para se poder tomar decisões sustentadas de gestão. Neste contexto, os trilhos pedestres constituem uma das utilizações de espaços naturais com maior procura turística na região, pelo que se afigura importante avaliar se os sitios da Rede Natura que atravessam, estão sobre pressão antropogénica. Este estudo pretendeu determinar a capacidade de carga turística de trilhos pedestres que atravessam Zonas Especiais de Conservação (ZEC) da Rede Natura 2000, em duas das 9 ilhas dos Açores, São Miguel e Flores, e avaliar o potencial da capacidade de carga turística como ferramenta de gestão no planeamento e desenvolvimento do turismo sustentável desses locais. A Capacidade de Carga Real (CCR) dos trilhos foi determinada pelo método de Cifuentes, a partir da Capacidade de Carga Física (CCF), modificada por factores de correcção (social, precipitação, luminosidade e acessibilidade), selecionados em função da actividade turística e das condições das áreas em estudo. O factor de correcção que mais influenciou negativamente a capacidade de carga real de todos os trilhos foi o social, seguido da luminosidade. A menor CCR (118 visitas/dia) foi registada no trilho Lagoa do Fogo-Monte Escuro (São Miguel), e a maior no trilho Ponta Delgada-Fajã Grande (Flores) (557 visitas/dia). Em ambos os trilhos, foram também os factores de correcção social e luminosidade que mais influenciaram a CCR. Mesmo tendo em conta que a CCR não terá sido atingida, e ainda que não se tenha procedido à estimação da Capacidade de Carga Efectiva (CCE), será relevante que estudos futuros monitorizem aqueles factores, uma vez que estão muito ligados à qualidade da visita.

Palavras-chave : Capacidade de carga; trilhos pedestres; desenvolvimento sustentável; Açores.

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