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Revista de Gestão Costeira Integrada

versão On-line ISSN 1646-8872

Resumo

COSTA, Sónia; AZEITEIRO, Ulisses M.  e  PARDAL, Miguel A.. O contributo da investigação científica para a gestão costeira integrada: O estuário do Mondego como caso de estudo. RGCI [online]. 2013, vol.13, n.2, pp.229-241. ISSN 1646-8872.

O presente artigo resume a pesquisa realizada no estuário do Mondego (Portugal) ao longo das últimas décadas. Foi feita uma pesquisa em bases de dados de pesquisa online para avaliar quantitativamente as publicações internacionais, as dissertações de mestrado e teses de doutoramento sobre o referido estuário, entre 1989 a 2012. Em geral, houve uma tendência de crescimento notável na produção de publicações. A revista científica Estuarine, Coastal and Shelf Science foi a mais ativa a publicar estudos sobre o estuário do Mondego. Os trabalhos de campo foram o tipo predominante de pesquisa e a dinâmica e funcionamento das populações/comunidades tem sido um dos principais tópicos da investigação. Ao longo do tempo o estuário tem sido usado como um local para vários estudos e a base de dados existente tem sido útil para testar hipóteses ecológicas teóricas e para apoiar algumas decisões de gestão. Os esforços desenvolvidos para a sua preservação são justificados pelo seu elevado valor ecológico, pois apresenta grande diversidade de habitats e biodiversidade, e pela sua importância sócio-económica, facultando bens e serviços à população. Os resultados da investigação publicados abrangem vários aspectos do sistema, incluindo a hidrologia, o ciclo de nutrientes, a estrutura das comunidades, diversidade e dinâmica. Além disso, a pesquisa tem-se focado em problemas ambientais, como a eutrofização, os eventos climáticos extremos e os contaminantes, caracterizando-os e propondo soluções, bem como o estado de qualidade da água, especialmente na implementação da Directiva Quadro de Água. O estuário do Mondego tem sofrido intensa pressão antrópica e modificações hidromorfológicas nas últimas décadas que induziram um declínio progressivo na sua condição ecológica. A fim de reverter a tendência da degradação do ecossistema um projeto de recuperação foi implementado em 1997/98, seguido de uma intervenção mais intensa em 2006. Paralelamente, o estuário sofreu o efeito de alterações climáticas que parecem ter mascarado a resposta do ecossistema em termos de qualidade da água e das comunidades biológicas às medidas de mitigação. Apesar de estarmos apenas na fase inicial nas tendências projetadas do aquecimento global, as respostas ecológicas para mudanças climáticas recentes são já claramente visíveis neste sistema estuarino temperado.

Palavras-chave : Estuário do Mondego; gestão costeira; tendência de investigação; divulgação científica; gestão de científica.

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