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Angiologia e Cirurgia Vascular

versão impressa ISSN 1646-706X

Resumo

VEIGA, Carlos et al. Smart glasses: o seu papel na redução do risco ergonómico na sala de angiografia. Angiol Cir Vasc [online]. 2019, vol.15, n.3, pp.177-180. ISSN 1646-706X.

Introdução: O stress ergonómico associado à execução procedimentos endovasculares leva o cirurgião vascular a assumir frequentemente um conjunto de posturas e movimentos para controlo imagiológico do procedimento. Isto condiciona um aumento do risco a longo termo de desenvolvimento de patologia músculo-esquelética. A utilização de smart glasses (óculos inteligentes) poderá ter um papel na redução deste risco, permitindo ao profissional controlar o procedimento sem necessidade de reposicionamento constante. Através da aplicação do questionário Quick Exposure Check (QEC), comparamos o risco ergonómico durante a realização de procedimentos endovasculares com e sem a utilização de smart glasses. Métodos: O QEC foi aplicado por um observador externo durante a realização de procedimentos endovasculares com e sem a utilização de smart glasses Epson Moverio BT-35E®. Os dois grupos de procedimentos foram comparados relativamente ao score total no QEC e aos scores parciais que avaliam o risco relativo a diferentes segmentos anatómicos (coluna cervical, coluna lombar, ombro/braço e punho/mão). Os scores parciais de auto-percepção de stress e de ritmo de trabalho, avaliados pelo profissional, foram também comparados. Resultados: O QEC foi aplicado a um total de 12 procedimentos. Os procedimentos com utilização de smart glasses (n=6) obtiveram um score total médio significativamente mais baixo no QEC (83.7 - risco ergonómico baixo), comparativamente aos procedimentos sem utilização de smart glasses (108.3 - risco ergonómico moderado; p=0.009). Os scores parciais médios relativos à coluna cervical e lombar foram também significativamente mais baixos neste grupo (lombar: 11.3 vs 18; p=0.002) (cervical: 18 vs 26.7; p=0.002). Não se encontraram diferenças estatisticamente significativas para os scores parciais médios relativos ao ombro/braço e punho/mão, nem para os scores parciais médios de auto-percepção de stress e de ritmo de trabalho. Conclusão: A utilização de smart glasses durante a cirurgia endovascular mostrou reduzir o risco ergonómico, avaliado pela escala QEC, de moderado para baixo. Esta redução traduz-se principalmente numa diminuição do risco de patologia músculo-esquelética a nível da coluna e do pescoço.

Palavras-chave : Ergonomia; Smart Glasses; Radiologia de Intervenção; Angiografia; Ergonomics; Smart Glasses; Interventional Radiology; Angiography.

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