SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.15 número2Uma solução híbrida para o tratamento de um aneurisma toracoabdominal: a “técnica simplificada” associada a implantação de endoprótese na anastomose aórtica proximalLinfedema primário do membro inferior com linforragia espontânea associado a malformação venosa - apresentação clinica e diagnóstico índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Angiologia e Cirurgia Vascular

versão impressa ISSN 1646-706X

Resumo

SOARES, Tony R. et al. Infeção de prótese aórtica: uma solução híbrida e estadiada. Angiol Cir Vasc [online]. 2019, vol.15, n.2, pp.119-123. ISSN 1646-706X.

A infeção de prótese aórtica é uma condição clínica potencialmente fatal e um desafio terapêutico para qualquer cirurgião vascular. Os autores relatam o caso de uma infeção de prótese aórtica complexa abordada com uma estratégia híbrida e faseada. Um paciente do sexo masculino, de 51 anos de idade, foi admitido no nosso serviço com o diagnóstico de falso-aneurisma da anastomose femoral esquerda e sinais inflamatórios na região femoral contralateral. Trata-se de um doente submetido há 5 anos a uma interposição aorto-bifemoral com um bypass para a artéria mesentérica superior (AMS) por doença oclusiva aorto-ilíaca, e recentemente tratado por cirurgia aberta a um falso-aneurisma na anastomose femoral direita. A investigação diagnóstica iniciada neste internamento (angio-CT e PET-Scan) confirmou a infeção do enxerto aorto-bifemoral. Uma abordagem híbrida com três tempos operatórios foi então planeada. Na primeira etapa, foi construído um bypass axilofemoral esquerdo, a contornar a área infetada, com laqueação do ramo esquerdo do enxerto aorto-bifemoral. Duas semanas depois, o paciente foi submetido à recanalização endovascular da AMS com implantação de um stent autoexpansível e à construção de um bypass axilofemoral direito com a respetiva laqueação do ramo protésico infetado. Uma semana depois, é feita a exclusão da anastomose proximal do bypass visceral com implantação de um stent coberto na AMS. No mesmo tempo operatório, o doente é submetido a laparotomia para excisão completa do material protésico infetado, com subsequente laqueação aórtica. O paciente recebeu alta nas três semanas seguintes com antibioterapia oral. A tomografia computadorizada pós-operatória confirmou a permeabilidade da AMS, de ambas as artérias renais, bem como dos bypasses extra-anatómicos, com aparente resolução da infeção intra-abdominal. O caso relatado é bastante incomum e representa um desafio devido à presença de um bypass da AMS associado a uma infeção protésica. A recanalização endovascular da AMS possibilitou a excisão total dos enxertos abdominais infetados.

Palavras-chave : infeção protésica; bypass aorto-bifemoral; doença arterial periférica; bypass visceral; cirurgia bíbrida.

        · resumo em Inglês     · texto em Inglês     · Inglês ( pdf )

 

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons