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Angiologia e Cirurgia Vascular

Print version ISSN 1646-706X

Abstract

COELHO, Andreia et al. Trombose aguda de stent carotídeo - Uma entidade clínica rara?. Angiol Cir Vasc [online]. 2018, vol.14, n.4, pp.333-338. ISSN 1646-706X.

Introdução: A trombose aguda de stent carotídeo (ACST), que se define de acordo com o Academic Research Consortium como o evento que ocorre nas primeiras 24 horas após o procedimento, é descrita como uma complicação rara de stenting carotídeo mas tem consequências potencialmente catastróficas. A European Society for Vascular Surgery atualizou as suas guidelines concluindo que trombólise e o abciximab poderão ser eficazes, mas não fornece recomendações terapêuticas específicas. O objetivo deste artigo foi sumariar a evidência existente relativa à etiologia e abordagem de ACST. Métodos: Uma revisão de literatura foi realizada usando a base de dados MEDLINE. Resultados: Não são reportados dados relativos à taxa de incidência de ACST nos grandes ensaios clínicos randomizados publicados. Em cohorts publicados, a taxa de incidência varia entre 0,5 a 0,8% na maioria dos estudos, mas pode atingir os 33% em contexto agudo pós-acidente vascular cerebral (AVC). Considerando a etiologia, podemos subdividir em 2 categorias principais: causas sistémicas e complicações técnicas. No primeiro caso, a não adesão / resistência aos antiagregantes plaquetários foram as causas mais reportadas, enquanto que nas complicações técnicas inclui-se a dissecção da artéria carótida e a protrusão da placa. De salientar também que dual layer stents foram associados a maior risco de ACST. Existem três abordagens principais para o ACST: farmacológica, endovascular e cirúrgica. A abordagem farmacológica inclui a hipocoagulação, a trombólise e a trombólise facilitada, apesar de o papel das duas últimas continuar por esclarecer. O tratamento endovascular foi a abordagem mais comum para ACST intraprocedimento: trombectomia mecânica com ou sem trombólise facilitada concomitante. As opções cirúrgicas incluíram endarterectomia carotídea com explantação do stent, que foi também o bail-out após mau resultado com tratamento endovascular, atingindo excelentes taxas de recanalização. Nos casos de ACST assintomáticos, o tratamento conservador com hipocoagulação foi unânime. Discussão: Como conclusão, o ACST é provavelmente uma entidade clínica subestimada associada a múltiplos fatores de risco. A decisão relativa à melhor abordagem deve depender se o ACST ocorre intraprocedimento ou não, da constatação ou não de deterioração do estado neurológico e da experiência do centro. Estudos adicionais devem ser realizados para melhor definir a abordagem ideal.

Keywords : Estenose carotídea; Doença Carotídea; Stents; Trombose da artéria carótida.

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