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Angiologia e Cirurgia Vascular

versão impressa ISSN 1646-706X

Resumo

COELHO, Andreia et al. Abordagem híbrida de dissecção espontânea da artéria ilíaca comum: a propósito de um caso clínico. Angiol Cir Vasc [online]. 2018, vol.14, n.3, pp.204-207. ISSN 1646-706X.

Introdução: A dissecção da artéria ilíaca sem envolvimento da aorta é uma entidade rara, estando a maioria dos casos associados a fatores de risco como traumatismo, aterosclerose, distúrbios do tecido conjuntivo ou exercício vigoroso. A melhor opção terapêutica não é consensual e depende da gravidade e velocidade de evolução dos sintomas. Os critérios de intervenção incluem prevenção de degeneração aneurismática, isquemia aguda de membros, dor inguinal e rotura de aneurisma. Estudos recentes com recurso à técnica endovascular mostraram resultados sobreponiveis com a cirurgia aberta, mas os relativos a resultados a longo prazo são escassos. Métodos: Observação clínica e consulta de registos clínicos. Resultados: O doente é um homem de 65 anos, referenciado ao serviço de urgência por dor abdominal no quadrante inferior esquerdo com irradiação inguinal. Sem evidência clínica de isquemia aguda de membro. Não apresentava história prévia de doença do tecido conjuntivo, fatores de risco cardiovascular, trauma ou exercício vigoroso. Foi realizada uma angio-tomografia computadorizada (AngioTC), que identificou uma dissecção da artéria ilíaca esquerda aguda comum, sem evidência de compromisso vascular do membro ipsilateral. Foi então submetido a abordagem cirúrgica femoral esquerda e a abordagem percutânea femoral direita para exclusão da dissecção com recurso a dois stents recobertos. A resolução da dor abdominal ocorreu imediatamente. O follow-up imagiológico com AngioTC foi realizado aos 12 e 24 meses, sem evidência de dissecção ou estenose residual. Conclusão: Neste caso, um procedimento híbrido com abordagem cirúrgica femoral foi realizado para o controle do local de acesso. O uso do acesso femoral bilateral foi útil para identificar o verdadeiro lúmen com maior precisão e para acomodar uma colocação mais precisa do stent, assegurando uma exclusao adequada do flap de disseção. Aos 24 meses de follow-up, o doente mantém-se assintomático sem evidência de complicações no estudo imagiológico. Estudos comparativos entre tratamento cirúrgico e endovascular demonstraram resultados similares. No entanto, nenhum resultado a longo prazo foi relatado para a colocação de stent endovascular para a disseção da artéria iliaca comum, pelo que são necessários mais estudos para avaliar sua eficácia a longo prazo.

Palavras-chave : disseção arterial; artéria ilíaca comum; abordagem hibrida.

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