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Angiologia e Cirurgia Vascular

versão impressa ISSN 1646-706X

Resumo

FERREIRA, Ana et al. Factores preditores de hematoma após endarterectomia carotidea: revisão de 5 anos. Angiol Cir Vasc [online]. 2016, vol.12, n.1, pp.12-19. ISSN 1646-706X.  https://doi.org/10.1016/j.ancv.2015.12.008.

Introdução: O objetivo deste estudo consiste na determinação da incidência de hematoma carotídeo após endarterectomia carotídea (EC), identificando os fatores preditivos do mesmo e a sua influência em complicações major, nomeadamente AVC, EAM e mortalidade. Material e métodos: Estudo retrospetivo de 200 EC em 194 doentes, entre 2010-2014, na nossa instituição. Os endpoints primários foram a incidência de hematoma carotídeo major (requerendo intervenção) e hematoma carotídeo global registados e as complicações major pós reintervenção. Foram colhidos os dados demográficos, os dados de antiagregação e hipocoagulação pré, intraoperatórios e pós-operatórios imediato, técnica anestésica e cirúrgica e detalhes da vigilância pós-operatória. Foi efetuada análise univariada com o teste qui-quadrado de Pearson ou Fisher para variáveis categóricas, teste t para contínuas, calculando os odds ratio (OR) para a influência destes fatores relativamente ao grupo sem hematoma. Resultados: A incidência de hematoma carotídeo registado foi de 25 casos (12%), e de 8 casos (4%) de hematoma major requerendo intervenção. A análise univariada (teste qui-quadrado de Pearson) mostrou significância (p < 0,05) para o hematoma global no que diz respeito à utilização de clopidogrel até à cirurgia (p = 0,04), pressão arterial média elevada durante a estadia hospitalar (p = 0,006). Para o hematoma major é significativo a dupla terapêutica antiagregante (p = 0,039), uso de patch em comparação com outras técnicas (p = 0,017) e repercussão neurológica após o clampagem (p = 0,03). A análise individual das técnicas cirúrgicas não foi significativa para o hematoma major. Ocorreram 2 mortes, uma relacionada à reintervenção, 2 AVC e um EAM não associado à cirurgia. Conclusões: O hematoma de carotídeo é uma complicação devastadora e relativamente comum na nossa instituição, embora a incidência de hematoma major seja reduzida. Os principais fatores associados à reintervenção foram: terapêutica dupla antiagregante, não uso de patch (técnicas cirúrgicas) e instabilidade neurológica do paciente (uso shunt), provavelmente associado a hemostase menos precisa. A hemorragia global está relacionada com a utilização do clopidogrel 24 horas antes da cirurgia, e como fatores pós-operatórios o fraco controlo tensional (alto).

Palavras-chave : Fatores preditivos; Hematoma do pescoço; Endarterectomia carotídea; Complicações.

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