SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.7 número1Auto-estima e comportamentos de saúde e de risco no adolescente: efeitos diferenciais em alunos do 7º ao 10º anoPromoção da qualidade de vida dos idosos portugueses através da continuidade de tarefas produtivas índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Psicologia, Saúde & Doenças

versão impressa ISSN 1645-0086

Resumo

MONTEIRO, Maria João  e  VASCONCELOS-RAPOSO, José. Contextualizar os conhecimentos, atitudes e crenças face ao VIH/SIDA: um contributo para aperfeiçoar o caminho a percorrer. Psic., Saúde & Doenças [online]. 2006, vol.7, n.1, pp.125-136. ISSN 1645-0086.

Reconhecendo que a implementação de estratégias direccionadas para os mais jovens tem surgido como um vector fundamental à regressão da epidemia, o objectivo primordial deste estudo consistiu em avaliar os conhecimentos, as atitudes e as crenças face ao VIH/SIDA dos jovens do distrito de Vila Real, que frequentavam os 10º, 11º e 12º anos de escolaridade e, deste modo, apresentar-se como uma contribuição para o aperfeiçoamento das intervenções preventivas. Para este propósito foi utilizada uma amostra estratificada por sexo e ano de escolaridade, constituída por 1.152 estudantes, dos quais 480 eram do sexo masculino e 672 do sexo feminino, sendo a média de idades de 16 anos. Para a recolha de dados, utilizou-se um inquérito estruturado com base nas recomendações do documento "Research Package on KABP-Knowleddge, Attitudes, Beliefs and Practices", composto por 60 perguntas agrupadas em oito blocos temáticos. Dos resultados obtidos, constatou-se que a maioria dos estudantes não referiu actividade sexual (67,7%). Dos que mencionaram já ter tido relações sexuais, 49,3%, eram do sexo masculino e 20,2% do sexo feminino. Quanto ao número de parceiros sexuais tidos durante a vida, predominou, para o sexo feminino, um parceiro sexual, enquanto para o sexo masculino mais de três parceiros sexuais. Apesar da maior parte dos estudantes ter utilizado preservativo durante as relações sexuais e ter referido conhecimentos sobre este método de prevenção, foi de sublinhar que alguns não referiram a sua utilização (14,5%). Uma apreciação global, quanto aos conhecimentos sobre VIH/SIDA, apontou para um bom nível de conhecimentos, merecendo alguma atenção as questões relativas à possibilidade de identificação dos indivíduos infectados através do seu aspecto físico e ao facto de as pessoas portadoras do vírus padecerem da doença, cuja percentagem de respostas incorrectas foi considerável. Os estudantes revelaram uma subvalorização do risco, com apenas 46,3% a admitir alguma possibilidade de contágio, sendo os estudantes do sexo masculino e os que tinham conhecimentos sobre SIDA a admitirem em média uma maior possibilidade de contágio. A maioria dos estudantes referiu uma percepção de ameaça grave para a saúde, reconheceu que não existe possibilidade de cura e que a maior parte das pessoas serão vítimas da doença. Como nota de síntese, queremos sublinhar o valor inegável da Promoção da Saúde em contexto escolar, como forma de assegurar o desenvolvimento saudável dos jovens, quando tem como pressupostos estruturantes o processo de capacitação do ser humano para agir e intervir no decurso da sua vida.

Palavras-chave : Atitudes e crenças face ao VIH/SIDA; Conhecimentos; Jovens.

        · resumo em Inglês     · texto em Português     · Português ( pdf )