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Psicologia, Saúde & Doenças

versión impresa ISSN 1645-0086

Resumen

MATOS, Margarida Gaspar de  y  CARVALHOSA, Susana Fonseca. A saúde dos adolescentes: ambiente escolar e bem-estar. Psic., Saúde & Doenças [online]. 2001, vol.2, n.2, pp.43-53. ISSN 1645-0086.

O afastamento da escola favorece o envolvimento dos adolescentes com outros adolescentes com a mesma falta de laços em relação à escola e, muitas vezes, este facto foi relacionado com o envolvimento em comportamentos de risco para a saúde partilhados pelos pares, como se de uma cultura de grupo se tratasse. Pelo contrário, uma escola que elicite um sentimento de se ter apoio e de pertença, facilita o desenvolvimento pessoal e social dos adolescentes e o seu bem-estar (Battistich & Hom, 1997; Matos & Carvalhosa, 2001c). Este trabalho examina o modo como a percepção por parte dos alunos de um ambiente escolar positivo, acolhedor e capaz de gerar um sentimento de pertença, é importante na percepção de bem-estar dos alunos em idade escolar. Este estudo usa dados da amostra nacional do HBSC (Matos, Simões, Carvalhosa, Reis, & Canha, 2000). A amostra nacional consistiu em 6903 alunos, de 191 escolas portuguesas seleccionadas aleatoriamente após estratificação por região, cobrindo todo o Portugal continental. Os alunos ficaram assim distribuídos pelas áreas educativas: 39.7% Norte, 24.7% Centro, 25% Lisboa, 6.2% Alentejo e 4.4% Algarve. Dos 6903 alunos, 53% eram raparigas e 47% rapazes, 34.9% do 6º ano, 37.5% do 8º ano e 27.6% do 10º ano. Os resultados utilizando um modelo linear de regressão múltipla, sugerem uma relação directa entre o ambiente escolar e o bem-estar. É também claro a partir destes dados que a influência mais relevante na percepção que os jovens têm do seu bem-estar, é a sua percepção de um ambiente positivo na escola. Esta medida global inclui questões e actores variados, relevantes na vida escolar do jovem. As influências seguintes mais importantes são: uma comunicação fácil com o pai, uma auto-imagem positiva e a facilidade em fazer amigos. Estes resultados apoiam a ideia de que factores relacionados com a escola, com a família, com o grupo social e com eles próprios, têm uma influência relevante na percepção de bem-estar por parte dos adolescentes. De sublinhar que a profissão do pai/baixo estatuto, só é relevante na percepção de bem-estar, se apenas factores demográficos forem incluídos no modelo. Este resultado sugere que o efeito negativo de um baixo estatuto sócio-económico no bem-estar dos adolescentes, pode ser atenuado na presença de uma percepção de um ambiente escolar positivo. Estes resultados salientam a importância do ambiente escolar, enquanto factor modificável, sublinhando a importância de intervenções na área da promoção da saúde e bem-estar dos jovens portugueses, fazerem especial enfoque na alteração do próprio ambiente da escola.

Palabras clave : Adolescentes; Ambiente escolar; bem-estar; Promoção da saúde.

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