SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.17 issue1Jovens portugueses que frequentam ambientes recreativos nocturnos. Quem são e comportamentos que adoptamCo-morbilidade psicopatológica numa população toxicodependente do Alentejo author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Indicators

Related links

  • Have no similar articlesSimilars in SciELO

Share


Toxicodependências

Print version ISSN 0874-4890

Abstract

FERNANDES, Luís. Do estereótipo à visão fenomenológica: análises sobre o “agarrado”. Toxicodependências [online]. 2011, vol.17, n.1, pp.17-31. ISSN 0874-4890.

Este artigo propõe o confronto entre duas visões acerca do toxicodependente: a que é veiculada pelo estereótipo do “agarrado” e a fenomenológica, proposta aqui a partir do acesso da etnografia à sua experiência. Começamos por caracterizar dois tipos de pensamento, o coisista e o construtivista, como formas de olhar e dizer o real, discutindo assim distâncias e aproximações entre senso-comum e ciência; fazemos em seguida uma breve caracterização do conceito de estereótipo, de modo a enquadrar teoricamente o exercício que nos ocupará o resto do artigo. Este exercício analisa dimensões como a relação da figura do “agarrado” com a exclusão social, com a temporalidade ou com a (in)capacidade da abstinência. Concluímos, não pela necessidade de correcção do estereótipo do “agarrado” a partir do que seria uma visão mais rigorosa da ciência, mas pela evidenciação de como, entre ambas, há realimentações mútuas. A linguagem com que falamos da droga é portanto produto duma construção social de que evidenciamos os papéis do senso-comum, da comunicação social e da ciência, em particular da que inscreve a sua produção no dispositivo medicopsicológico.

Keywords : Estereótipo; Droga; Meios de Comunicação Social; Etnografia.

        · abstract in English | French | Spanish     · text in Portuguese     · Portuguese ( pdf )