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Revista Portuguesa de Pneumologia

versão impressa ISSN 0873-2159

Resumo

GUIMARAES, H et al. Displasia broncopulmonar: Práticas clínicas em cinco unidades de cuidados intensivos neonatais. Rev Port Pneumol [online]. 2010, vol.16, n.2, pp.273-286. ISSN 0873-2159.

Com o advento do surfactante, dos corticosteróides prénatais e dos avanços na tecnologia, a sobrevida dos recém-nascidos de extremo baixo peso tem melhorado dramaticamente. As taxas de displasia broncopulmonar (DBP) variam amplamente entre unidades, e vários estudos, avaliando resultados de múltiplas intervenções, têm mostrado alguma melhoria na prevalência da DBP. A implementação de potenciais boas práticas na DBP tem sido adoptada por muitos serviços nas últimas décadas. Objectivo: Comparar cinco unidades portuguesas de cuidados intensivos neonatais no que se refere as práticas clínicas no tratamento dos recém-nascidos de muito baixo peso, para desenvolver e melhorar as boas práticas na prevenção da DBP. População e métodos: Foram estudados 256 recém-nascidos com a idade gestacional inferior a 30 semanas e/ou peso ao nascer inferior a 1250 g, admitidos nas cinco unidades portuguesas (centros 1 a 5) entre 1 de Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2006. Foram excluídos os recém-nascidos com malformações major, hemorragia intraventricular grau IV na primeira semana de vida e com doença metabólica ou neuromuscular. Definimos DBP como a dependência do oxigénio às 36 semanas de idade pós-concepcional. A ecessidade de melhorar determinada prática foi considerada significativa sempre que se verificava uma melhoria superior a 10% na prevalência da DBP ajustada para a prática, idade gestacional e peso ao nascer, comparada com a prevalência ajustada só para a idade gestacional e peso ao nascer. Resultados: A prevalência global da DBP foi de 12,9%. Os resultados mostram que o uso de corticosteróides pré-natais deve ser melhorado nos centros 2, 4 e 5; a política de fluidos deve ser melhorada no centro 5; o uso de oxigénio deve ser melhorado nos centros 1 e 3; a prevenção da sépsis deve ser melhorada nos centros 1 e 2. O tratamento do canal arterial patente deve ser melhorado no centro 2. Conclusão: Neste estudo, a implementação de boas práticas para reduzir a lesão pulmonar nos recém-nascidos, de acordo com cada unidade, deve ser dirigida ao aumento da prescrição de corticosteróides pré-natais, ao uso de menor FiO2, ao uso criterioso de líquidos na primeiras semanas de vida, à prevenção do canal arterial patente e da sépsis. Guidelines, recomendações ou protocolos são necessários na melhoria da qualidade na prevenção da DBP.

Palavras-chave : Displasia broncopulmonar; cuidados intensivos neonatais; recém-nascidos de pré-termo; boas práticas; ventilação mecânica; oxigénio; corticosteróides pré-natais; sépsis; canal arterial patente.

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