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Jornal Português de Gastrenterologia

versão impressa ISSN 0872-8178

Resumo

FORNO, Silvia Esteves Alves do; POCAS, F. Castro  e  MATOS, Maria Eduarda Gomes Domingues dos Santos. O cancro colorretal e o rastreio: conhecimentos e atitudes dos portuenses. J Port Gastrenterol. [online]. 2012, vol.19, n.3, pp.118-125. ISSN 0872-8178.

Introdução: Se, por um lado, o cancro colorretal é um problema de saúde mundial que mata cerca de 600 000 indivíduos por ano, por outro, é o tumor maligno mais suscetível de ser prevenido. Objetivos: Investigar conhecimentos e atitudes em relação ao cancro colorretal e ao seu rastreio de forma a identificar fatores que possam contribuir para a baixa adesão ao mesmo. Métodos: Aplicação de 696 questionários com questões sobre: dados sociodemográficos, conhecimentos, atitudes, comportamentos e informação sobre o cancro colorretal. Amostra selecionada por quotas, de acordo com a proporção de indivíduos de ambos os sexos, a partir dos 40 anos, residentes em cada uma das 15 freguesias da cidade do Porto. Resultados: A maioria dos inquiridos (63,2%) conhecia, pelo menos, um dos principais exames de rastreio, de onde se destacou a associação positiva entre este conhecimento e a fonte de informação «médicos e enfermeiros», com 10,51 vezes mais respostas corretas. A população em geral tinha uma atitude positiva em relação à utilidade dos exames de rastreio do cancro colorretal, com 49,7% dos inquiridos a atribuir a pontuação máxima à sua utilidade. Apenas 20,4% dos indivíduos tinha uma atitude positiva em relação à realização de exames de rastreio do cancro colorretal, tendo realizado, pelo menos, um exame; esta atitude foi associada de forma significativa, unicamente, com a recomendação de, no mínimo, um exame de rastreio. Conclusões: Os portuenses evidenciaram poucos conhecimentos quanto ao rastreio do cancro colorretal, mas mostraram-se recetivos ao mesmo. Contudo, a percentagem de indivíduos com práticas anteriores de rastreio foi reduzida, relacionada com a falta de recomendação médica de exames. Os médicos e enfermeiros tiveram influência positiva como fonte de informação sobre o cancro colorretal. Evidenciou-se a necessidade de investir tanto na prevenção primária, através de educações para a saúde sobre o cancro colorretal e o seu rastreio, como na prevenção secundária, através do acesso gratuito ao rastreio a todos os cidadãos.

Palavras-chave : Cancro colorretal; Prevenção; Rastreio; Pesquisa de sangue oculto nas fezes; Colonoscopia.

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