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Jornal Português de Gastrenterologia

versão impressa ISSN 0872-8178

Resumo

COUTO, Gilberto; MACEDO, Guilherme  e  RIBEIRO, Filipe. Hemorragia digestiva alta associada ao consumo de ácido acetilsalicílico e de anti-inflamatórios não-esteróides em Portugal Resultados do estudo PARAINES. J Port Gastrenterol. [online]. 2010, vol.17, n.5, pp.200-206. ISSN 0872-8178.

INTRODUÇÃO: O ácido acetilsalicílico (AAS) e os anti-inflamatórios não esteróides (AINE) são dos fármacos mais prescritos em todo o mundo e associam-se a um elevado risco de hemorragia digestiva alta por úlcera péptica e morte. MATERIAL E MÉTODOS: O estudo PARAINES, retrospectivo e multicêntrico, avaliou a expressão e consequências da hemorragia digestiva alta associada ao consumo de AAS/AINE, e sua abordagem, no nosso país (9 centros, população de referência: 2,5 milhões), durante o ano de 2006. RESULTADOS: Ocorreram 291 admissões relativas a 280 doentes (incidência estimada: 145,5/100 000 consumidores de AAS/AINE/ano). Dois terços dos doentes eram do sexo masculino; 68,7% tinha mais de 65 anos e 24,1% tinha história prévia de úlcera péptica. O fármaco mais consumido foi o AAS (em baixa dose). Quinze por cento dos doentes de risco dizia fazer protecção gástrica com inibidores da bomba de protões. Fez-se o diagnóstico de úlcera péptica em 237 casos; 51% tinham estigmas endoscópicos de alto risco e foram tratados com terapêutica injectável dupla (77,2%) e inibidores da bomba de protões IV (33% altas doses, perfusão contínua). Faleceram 10 doentes no hospital (3,6%; incidência estimada: 5/100 000 consumidores de AAS/AINE/ano). CONCLUSÕES: As incidências de internamento e de mortalidade por hemorragia digestiva alta associada ao consumo de AAS/AINE em Portugal são inferiores às relatadas noutras séries; são poucos os doentes de risco que fazem protecção gástrica; e existe algum espaço para optimizar a terapêutica da hemorragia digestiva alta por úlcera péptica de acordo com a evidência e recomendações actuais.

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