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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754versão On-line ISSN 2183-9417

Resumo

FERREIRA, Tiago et al. Caracterização da população de mulheres grávidas seguidas num serviço de saúde mental. Nascer e Crescer [online]. 2020, vol.29, n.3, pp.135-141. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v29.i3.17113.

Introdução: Alterações psicopatológicas são comuns durante a gravidez e a sua deteção e referenciação a cuidados especializados é frequentemente deficitária. O objetivo deste estudo foi efetuar uma análise descritiva de dados sociodemográficos, de saúde mental e obstétricos de uma amostra de grávidas em seguimento em consulta de Psiquiatria. Material e Métodos: Este foi um estudo transversal e descritivo. A amostra foi selecionada por cruzamento dos processos de doentes com seguimento em consulta de Ginecologia/Obstetrícia e Psiquiatria no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca entre 2014 e 2016. Foram obtidos 76 processos, tendo sido colhidas e analisadas variáveis previamente identificadas na literatura como estando associadas a risco de desenvolvimento de alterações psicopatológicas durante a gravidez. Resultados e Discussão: Foram identificados fatores de risco para o desenvolvimento de sintomas depressivos, nomeadamente ausência de relacionamento afetivo durante a gestação (n=11; 14,5%), ser imigrante de 1ª geração (n=17; 22,4%) e consumos toxicofílicos antes (n=18; 23,7%) ou durante (n=10; 13,1%) a gravidez. A amostra foi dividida entre mulheres com acompanhamento pregresso em Psiquiatria que engravidaram (n=44; 57,9%) e mulheres referenciadas para consulta de Psiquiatria durante a gestação (n=32; 42,1%). Neste segundo grupo, 18,8% (n=6) das referenciações foram feitas a partir dos cuidados de saúde primários, sendo importante perceber se tal se trata de uma sub-referenciação. Foram prescritos 21 fármacos da categoria de risco D, o que alerta para a necessidade de precaução na prescrição farmacológica e de considerar alternativas não farmacológicas (e.g. terapia cognitivo-comportamental) na orientação destes casos. Conclusões: Este estudo permitiu identificar fatores de risco para psicopatologia, representando uma oportunidade de otimizar a prática clínica e o seguimento destas doentes.

Palavras-chave : cuidados perinatais; gravidez; psicopatologia; saúde mental.

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