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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754versão On-line ISSN 2183-9417

Resumo

MATOS, Sara  e  SILVA, Patrícia. Febre durante a erupção dentária primária: Há evidência?. Nascer e Crescer [online]. 2018, vol.27, n.4, pp.233-237. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v27.i4.14236.

Introdução: Não existe consenso na literatura sobre a existência de uma relação causal entre erupção dentária primária e ocorrência de sinais e sintomas sistémicos e locais. A febre, um importante sinal clínico, é frequentemente reportada por pais e profissionais de saúde. A falta de evidência dificulta o raciocínio clínico, podendo contribuir para atrasos no diagnóstico de patologias importantes associadas a este sintoma. Objetivo: Rever a evidência disponível acerca de uma associação entre erupção dentária primária em lactentes e o aparecimento de febre. Métodos: Foi efetuada uma pesquisa de artigos científicos em Inglês, Português e Espanhol publicados nos últimos dez anos nas principais bases de dados médicas internacionais utilizando os termos MeSH “tooth eruption” e “fever”, e no índice de revistas médicas Portuguesas utilizando os termos DeCS “erupção dentária” e “febre”. Foi utilizada a escala SORT da American Family Physician para avaliar os níveis de evidência. Resultados: Foram identificadas 53 publicações, das quais foram selecionados duas meta-análises e dois artigos originais, abrangendo um total de 5317 crianças. Na meta-análise de Massignan et al. (2016) e no ensaio clínico de Memarpour et al. (2015), verificou-se um ligeiro aumento da temperatura no dia da erução dentária primária, mas não foi descrita a ocorrência de febre. Na meta-análise de Nemezio et al. (2017), essa associação foi encontrada no subgrupo que utilizou o método retal para medição da temperatura. O estudo observacional de Un Lam et al. (2016) encontrou uma prevalência de febre de 49,9%. Discussão e conclusões: A presente análise tem várias limitações: uma grande heterogeneidade entre estudos na definição de febre, variabilidade interpessoal na realização das respetivas medições, utilização de diferentes métodos de medição de febre ou ausência de referência ao mesmo, e ausência de exclusão de fatores de confundimento. Perante a evidência disponível, não é possível confirmar a existência de uma associação entre erupção dentária primária e febre, sendo necessários mais estudos robustos para avaliar esta hipótese (SORT B).

Palavras-chave : Criança; Erupção dentária; Febre.

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