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Portuguese Journal of Nephrology & Hypertension

versão impressa ISSN 0872-0169

Resumo

RODRIGUES, Natacha et al. Crescer com doença renal crónica - O desafio continua. Port J Nephrol Hypert [online]. 2015, vol.29, n.3, pp.221-227. ISSN 0872-0169.

Introdução: A etiologia, abordagem e manejo da doença renal crónica com início em idade pediátrica constiui um verdadeiro desafio. Nas últimas décadas, com o desenvolvimento dos cuidados pediátricos, o número de doentes a transitar para a nefrologia de adultos tem vindo a aumentar. É do nosso conhecimento que o periodo de transição é uma fase crítica, caracterizada por uma elevada taxa de abandonos, tornando-se deste modo necessário contar com um sistema organizado. Métodos: O Hospital de Santa Maria adoptou um modelo de transição, em vigor nos últimos dezassete anos, de modo a optimizar os cuidados prestados aos doentes renais crónicos pediátricos que atingem a fase adulta sem ainda necessitarem de terapêutica de substituição da função renal. Entre 1998 e 2013, foram observados cento e cinquenta e um doentes na Consulta de Transição. Os autores analisaram retrospectivamente esta população no que respeita a demografia, doença renal, follow-up e outcome. Resultados: As patologias distribuiram-se por uropatias (61 doentes), glomerulopatias (46), tubulopatias (18), doenças quísticas (sete) e “outras causas” (15 doentes). Cada etiologia foi caracterizada individualmente. A diminuição média anual da taxa de filtração glomerular foi de 2,4 ml/min/1,70m2/ano. Catorze doentes desenvolveram necessidade de terapêutica de substituição da função renal, quatro foram transferidos para outros hospitais e dezoito abandonaram a consulta. Oitenta e seis por cento tinham completado o ensino secundário, 60% estavam empregados, 32% eram estudantes e 8% estavam desempregados. Conclusão: A etiologia da doença renal com apresentação na idade pediátrica é diferente da doença com apresentação na idade adulta. A nossa taxa de abandono, bem como a diminuição média anual da taxa de filtração glomerular são menores do que as registadas por unidades sem modelo de transição implementado. A maioria dos doentes que optou por hemodiálise iniciou técnica por fistula. Mais estudos são necessários nesta área

Palavras-chave : Doença renal crónica; nefrologia pediátrica; transição.

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