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Portuguese Journal of Nephrology & Hypertension

versão impressa ISSN 0872-0169

Resumo

NEVES, Marta et al. Evolução clínica em adultos com síndroma nefrótica diagnosticada na idade pediátrica: experiência de um centro. Port J Nephrol Hypert [online]. 2013, vol.27, n.4, pp.283-288. ISSN 0872-0169.

Introdução: A maioria das alterações renais que afectam as crianças (excluindo as infecções urinárias simples) são crónicas, e a generalidade destas crianças necessita de cuidados nefrológicos específicos durante a vida adulta, com inegáveis implicações físicas, psicológicas e sociais daí decorrentes. Objectivos: O objectivo primário deste estudo foi avaliar a evolução clínica dos pacientes com síndroma nefrótica, transferidos de uma unidade pediátrica terciária, para continuação de cuidados no Serviço de Nefrologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Material e Métodos: A colheita de dados foi retrospectiva e baseada em registos hospitalares. É fornecida a caracterização geral dos 109 pacientes transferidos, seguido de uma análise dos 28 pacientes com diagnóstico de síndrome nefrótica. Os resultados clínicos avaliados incluíram a necessidade de terapêutica imunossupressora de manutenção, recorrência da doença, progressão para doença renal crónica e/ou terapêutica de substituição da função renal, anemia, fósforo e metabolismo do cálcio, albumina sérica e proteinúria. Resultados: Os dois grupos mais prevalentes de doenças glomerulares que se apresentaram com síndroma nefrótica foram a doença de lesões mínimas e a glomeruloesclerose focal e segmentar. Metade dos pacientes com síndroma nefrótica estão actualmente sem terapêutica imunossupressora e recorrência da doença de base ocorreu em apenas três dos 22 pacientes ainda em seguimento no nosso Serviço durante o último ano de seguimento (tempo médio de seguimento 82,7 ± 59,7 meses). Aqueles que desenvolveram doença renal crónica com necessidade de terapêutica de substituição da função renal apresentavam glomeruloesclerose focal e segmentar na biópsia renal inicial. Conclusões: Os nossos resultados corroboram os encontrados em outros estudos publicados e os que mantêm seguimento continuam clinicamente estáveis, com apenas três recidivas durante o último ano de seguimento. As especificidades das patologias renais diagnosticadas na infância e os seus aspectos particulares merecem atenção especial e beneficiariam de uma consulta de transição que envolvesse o pediatra do paciente e um nefrologista, bem como a manutenção de registos nacionais dedicados à doença renal pediátrica.

Palavras-chave : Idade pediátrica; imunossupressão; síndroma nefrótica.

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