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Portuguese Journal of Nephrology & Hypertension

versión impresa ISSN 0872-0169

Resumen

COTOVIO, Patrícia et al. Imunoglobulina intravenosa eficaz no tratamento de nefrite lúpica resistente. Port J Nephrol Hypert [online]. 2013, vol.27, n.1, pp.41-48. ISSN 0872-0169.

Introdução: O envolvimento renal no lupus eritematoso sistémico é um fator determinante de morbimortalidade e um importante marcador de prognóstico. Apesar das elevadas taxas de remissão alcançadas com as terapias imunossupressoras atuais, a abordagem da nefrite lúpica refratária permanece um desafio. A imunoglobulina intravenosa pode ser uma alternativa nestes casos, embora a experiência com a sua administração prolongada seja limitada. Caso clínico: Apresentamos o caso de uma doente de 35 anos de idade com lupus eritematoso sistémico diagnosticado em 1999, aos 23 anos. Em 2002, por síndrome nefrótica, realizou biópsia renal que revelou nefrite lúpica classe IV OMS. Iniciou imunossupressão com prednisolona e ciclofosfamida, com conversão posterior a azatioprina. A proteinúria diminuiu para níveis subnefróticos. Em 2005, por recidiva da síndrome nefrótica repetiu biópsia renal, que foi sobreponível à anterior. Fez conversão de azatioprina para micofenolato de mofetil e a proteinúria reduziu para valores subnefróticos. Em finais de 2006, nova recidiva de síndrome nefrótica associada a artralgia, azotemia, leucopenia e anemia condicionou uma terceira biópsia. O diagnóstico foi o mesmo, sem lesões de esclerose. Iniciou imunoglobulina intravenosa num protocolo de ciclos mensais de 400mg/Kg/dia durante 5 dias consecutivos, mantendo prednisolona e micofenolato de mofetil. Alcançou remissão parcial e completa após o terceiro e décimo ciclos, respetivamente. O esquema de imunoglobulina passou a trimestral após o primeiro ano. Em 2010 engravidou, tendo-se convertido o micofenolato de mofetil para azatioprina. No último trimestre da gravidez agravou a proteinúria e o parto foi induzido à 32ª semana. Atualmente a doente apresenta remissão completa da nefrite, ausência de manifestações extra-renais de lúpus ou de efeitos adversos da imunoglobulina intravenosa. Conclusão: A imunoglobulina intravenosa tem eficácia documentada num amplo espectro de manifestações de lúpus. Pode ser uma opção nos casos de nefrite lúpica resistente aos imunossupressores convencionais. A sua administração prolongada parece ser segura.

Palabras clave : Imunossupressão; imunoglobulina intravenosa; nefrite lúpica.

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